Prefeitura pede mais prazo à Justiça para interdição do ‘camelódromo’ e segue com obras

Comerciantes do 'camelódromo' no saguão da Prefeitura, ouvindo o Procurador-Geral do Município Ricardo Mustafá explicar providências para evitar interdição do centro de compras (FOTO: Divulgação)

A prefeitura de Marília ingressou na Justiça com novo pedido por mais prazo para a interdição do ‘camelódromo’, determinada pela juíza da 1.a Vara Cível, Paula Jacqueline Bredariol de Oliveira. A solicitação foi protocolada dia 17 e o prazo inicial de 15 dias para suspender as atividades comerciais no local, proibir a permanência de pessoas e interditar o centro popular de compras, venceu na última 2.a feira (24). Agora é aguardar pela nova decisão da juíza.

Justiça apontou falhas na segurança e infraestrutura do ‘camelódromo’ e mandou interditar local, atendendo pedido do MP (FOTO: Reprodução/G1)

Enquanto isso, a prefeitura afirma que na atual gestão executou “mais de 70% das obras para a obtenção do AVCB, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros”, e que junto da solicitação por mais prazo antes de interditar o ‘camelódromo’, anexou um cronograma de obras ainda em andamento. Segundo o secretário de Obras Fábio Alves de Oliveira, isso inclui “rampas de acesso e acessibilidade”.

O grande problema, de acordo com a prefeitura, é que os Bombeiros apontaram “divergências entre o projeto original e alguns boxes do ‘camelódromo’, principalmente aqueles que estavam na divisa com a área da Rumo Logística”. Os comerciantes teriam agido por conta própria, à revelia da prefeitura. Mas a secretaria de Obras afirma que o governo Daniel Alonso instalou sensores de fumaça para prevenção de incêndio no local, sistema hídrico com tubulações e pressurização de água, sinalizações de emergência, hidrantes fixos e rotas de fuga.

A sentença inicial da Justiça que mandou interditar o ‘camelódromo’ atendeu pedido do Ministério Público (MP) em Ação Civil Pública proposta em 2010. A juíza também mandou realocar os comerciantes para local apropriado e seguro em até 30 dias, mas a prefeitura conseguiu suspender essa exigência por meio de recurso ao Tribunal de Justiça (TJ) de SP.

O prefeito Daniel se reuniu com representantes dos comerciantes recentemente e admitiu que o ‘camelódromo’ é o local “mais adequado” para garantir seus negócios, “por garantir um fluxo diário de cerca de 30 mil pessoas”, incluindo aquelas que se utilizam do Terminal Urbano que fica ao lado. E que “o que a nossa administração mais quer é que os comerciantes trabalhem e prosperem num ‘camelódromo’ cada vez melhor”, afirmou.

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