Pedido simples de renúncia à presidência da CPI da Covid na Câmara Municipal de Marília está sendo analisado pelo presidente da Casa, Marcos Rezende. Élio Eiji Ajeka surpreendeu ao apresentar a renúncia, alegando apenas “questões pessoais”. Questionado pelo HORAH, o vereador, que também foi o autor do requerimento de instauração da CPI, se limitou a dizer que não pode mais continuar na função.
Igualmente consultado na manhã desta 2.a feira (21), Rezende disse por mensagem de WhatsApp que ainda está avaliando o pedido de renúncia e que provavelmente hoje terá um posicionamento. Vereadores mais antigos da Câmara ouvidos pela reportagem comentaram que Ajeka não podia renunciar pelo fato de ser o autor do pedido da investigação e por estar abrindo mão da principal função do parlamentar, que é fiscalizar os atos do Executivo.
A CPI da Covid foi aberta com a missão de investigar quanto a Prefeitura recebeu dos governos federal e estadual e quanto e como gastou no enfrentamento da pandemia em Marília. Ouvido na comissão, o prefeito Daniel Alonso chegou a desabafar dizendo que a investigação se baseava em informações fake news; assessor de gabinete do presidente Ajeka, denunciado por fazer lobby para possível compra de produtos pela Saúde, foi exonerado do cargo; agora, o próprio presidente e autor da CPI pede pra sair.

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