ESTUDOS INDICAM QUE UMA PESSOA SE SUICIDA A CADA 45 MINUTOS NO BRASIL; em Marília os números são alarmantes e exigem ações imediatas
Para chamar a atenção das pessoas para as ações preventivas contra o suicídio, o Núcleo de Apoio Emocional e Prevenção do Suicídio de Marília fará a 1.a Caminhada Janeiro Branco no próximo sábado (28). A concentração será em frente ao SESI, na Zona Sul, às 10h. Durante a atividade haverá distribuição de panfletos com orientações para a promoção da saúde mental, bem como de fitas referentes à campanha e balões brancos. Prefeitura e igrejas da cidade atuam como parceiras do evento.
O Janeiro Branco foi instituído para despertar cidadãos e autoridades para a necessidade de atuar no combate ao suicídio, o que inclui cuidados com a saúde mental. Coordenador do Núcleo, o psicólogo Wellington Silva disse que “a caminhada é um alerta que sinaliza a melhor saída, que é a prevenção”. Para ele, a pessoa com pensamento suicida “não quer tirar a vida, mas quer tirar a dor, por isso temos grande quantidade de crianças se mutilando, pois a dor da mente é maior do que a dor que ela pode fazer com o próprio corpo”.
Os atendimentos oferecidos pelo centro de atenção psicossocial (CAPS) e postos de saúde da família não estão sendo suficientes para toda a população, motivo pelo qual há necessidade de alerta público em relação ao suicídio, que tem registrado números assustadores em Marília. Só nos primeiros 15 dias deste mês, foram dois; ano passado, 27 no total; em 2021, 23; em 2020, 20 suicídios, conforme números divulgados pela Prefeitura Municipal.
A campanha Janeiro Branco terá ainda várias outras atividades, como palestras, oficinas, cursos, workshops, entrevistas midiáticas e rodas de conversa sobre a saúde mental. O Núcleo de Apoio Emocional e Prevenção do Suicídio é formado por profissionais da Psicologia de Marília, que atendem pessoas com depressão, ideação suicida, ansiedade e pânico e até aquelas em luto pela perda de familiares e amigos. No Brasil, há estudos indicando que uma pessoa se suicida a cada 45 minutos, o que torna o assunto um problema de saúde pública.
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