Prisão de suspeito e inquérito sobre emboscada a fazendeiro são prorrogados pela Justiça

Elisângela entre o PM com o qual mantinha romance e o marido morto, o fazendeiro Paião (FOTOS: Reprodução/TV Fronteira)

Tanto a prisão temporária de homem de 47 anos quanto o inquérito que apura emboscada com tentativa de execução de fazendeiro em Iepê, região de Presidente Prudente, dia 21 de setembro, são prorrogados pela Justiça. O suspeito esteve na cena do crime em meio a canavial na zona rural de Iepê, quando dois homens encapuzados acertaram quatro tiros no fazendeiro Airton Braz Paião, 54 anos, e ainda desferiram facada nas costas dele. Apesar de tiros inclusive na cabeça, ele se fingiu de morto e quando os bandidos se afastaram, conseguiu chamar socorro.

Paião foi internado na Santa Casa de Prudente e morto três dias depois com dois tiros de pistola ponto 40 pelo soldado PM Marcos Francisco do Nascimento, 30 anos, que entrou no quarto como visita e já chegou atirando; na sequência, suicidou-se também com um tiro na cabeça. Segundo o delegado Carlos Henrique Gasques, o inquérito foi prorrogado porque aumentaram as suspeitas inclusive sobre a viúva do fazendeiro, Elisângela Silva Paião, que não compareceu ao velório do marido e, informalmente, teria revelado um romance com o PM e a intenção de separar-se do fazendeiro para ficar com o policial.

Ela chegou a ter prisão temporária concedida pela Justiça, derrubada depois por habeas-corpus impetrado junto ao Tribunal de Justiça (TJ) de SP alegando “ausência de requisitos legais” para tal. As investigações seguem. O homem preso teria participado da emboscada. Foi a própria vítima quem informou ao delegado que dois homens saíram de um determinado carro atirando contra ele, e esse carro acabou identificado mais tarde; dentro dele também estaria o PM que consumou o crime depois e se matou. O policial chegou a ser ouvido na polícia na ocasião, mas foi liberado.

O fazendeiro teria sido atraído ao canavial em Iepê após troca de mensagens por aplicativo com uma tal Sara Maria, mulher que não existe. Lá, foi vítima da emboscada. A caminhonete e o celular dele foram levados do local, mas o veículo encontrado no canavial depois. Um bilhete manuscrito localizado nas vestes do PM que se suicidou no quarto do hospital também faz parte das investigações, mas detalhes não foram divulgados ainda pela polícia.

Caminhonete do fazendeiro Paião deixada em canavial de Iepê após emboscada (FOTO: Polícia/Divulgação)

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