PROCURADORIA-GERAL ATACA DECRETO E PREFEITURA LAMENTA ATITUDE DO ESTADO

Prefeita de Bauru Suéllen Rosim e o vice Orlando Dias na reunião que decidiu o decreto (FOTO: Divulgação)
  • INTENÇÃO É SUSPENDER LIBERAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS, MAS BAURU CONTRA-ATACA

“Nosso decreto segue a realidade do município e foi embasado nos pareceres do nosso Comitê de Combate à Covid”, respondeu a Prefeitura de Bauru em Nota Oficial divulgada na tarde desta 5ª feira (28). A defesa do decreto que liberou o comércio, restaurantes e outros serviços considerados não essenciais em plena fase Vermelha do Plano SP, foi feita após ingresso de ação direta de inconstitucionalidade (Adin) pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Estado contra o Município.

Procurador-Geral de Justiça Mario Sarrubbo: defesa dos argumentos do Estado (FOTO: Reprodução)

O procurador Mario Sarrubbo pede a suspenção imediatamente do Artigo 2º do decreto publicado no último domingo (24), que, segundo ele, ignora diretrizes fixadas pelo Estado para proteção à saúde pública e afronta orientações da comunidade científica, expondo a população a risco. “Lamentamos que o entendimento do Governo do Estado não leve em consideração a realidade de Bauru. Estamos abertos ao diálogo, desde que os interesses da população também sejam levados em conta”, frisa a nota emitida pela Prefeitura.

“Em nenhum momento deixamos de priorizar a vida, mas depois de dez meses de pandemia, não permitir a retomada segura e responsável da economia, é também deixar de lado a vida e a dignidade das famílias”, acrescenta. A Prefeitura ainda cutuca o governo ao cobrar mais vagas de internação e UTI, “que é de responsabilidade do Estado”. Por fim, lembra constantes pedidos de melhorias no sistema público de saúde, “bastante precário, e a abertura definitiva do Hospital das Clínicas (HC”. Segundo apurou HORAH, a Secretaria dos Negócios Jurídicos de Bauru não havia sido notificada da Adin até o final da tarde de hoje.

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