PROJETO QUE PROÍBE PASSAPORTE SANITÁRIO VAI À CÂMARA

Borgo exigiu providências da administração e levou o abandono do patrimônio público ao TCE (Foto: Reprodução/Assessoria)

VEREADOR BORGO SE DIZ A FAVOR DA VACINA, MAS CONTRA A OBRIGATORIEDADE; e que atende a grupo grande de pessoas em Jaú

“Não sou contra a vacinação, tanto que tomei as três doses da vacina contra a Covid-19 e também a vacina contra a gripe. Mas de livre e espontânea vontade. Acho que não podemos ser obrigados a nos vacinar por decisão de um governador, um prefeito ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Este é um assunto muito polêmico e acho que é o momento de a Câmara discutir isso, porque os vereadores representam a população”.

A argumentação acima é do vereador José Carlos Borgo (PDT), autor de polêmico projeto que pretende proibir o passaporte sanitário em Jaú e qualquer exigência dele para as pessoas poderem adentar a um recinto, evento ou mesmo ao trabalho – como ocorre com os servidores públicos municipais. Borgo, que está no exercício do 8º mandato legislativo, diz que atende também aos pedidos “de umas 300 a 400 pessoas” que discutem a questão em um grupo de WhatsApp. “Não concordo que as pessoas sejam obrigadas a fazer uma coisa que não querem”, enfatiza o vereador.

Borgo está habituado a polêmicas: recentemente, testou na tribuna megafone que doou à Defesa Civil de Jaú para alertar ribeirinhos do risco de enchentes em Jaú (FOTO: Reprodução TV Câmara)

Borgo não está sozinho, visto que há várias situações semelhantes no País. Em Uberlândia-MG, o vereador Cristiano Caporezzo foi autor de projeto que proibiu a exigência da vacina, “em defesa da nossa liberdade, principalmente depois que um juiz, recentemente, ameaçou todos os pais de perderem a guarda de seus filhos casso esses não fossem necessariamente vacinados”. Outros casos conhecidos estão na Assembleia Legislativa do Mato Grosso e na Câmara de Vitória-ES (já aprovados); na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia do Paraná e na Câmara dos Deputados em Brasília-DF (em tramitação).

O projeto jauense vai à Câmara nesta 2ª feira (21), quando deverá ser encaminhado às comissões permanentes para os devidos pareceres. “Sabemos que a vacina não inibe a transmissão da Covid e estamos vendo pessoas indo a óbito mesmo tendo tomado as três doses da vacina. Então, entendo que não podemos obrigar um pai ou uma mãe a vacinar o filho se acharem que não devem. Mas cada vereador é livre para discutir e votar de acordo com a consciência de cada um”, finalizou o vereador, ciente de que a polêmica não será pequena.

HORAH – Você sabe das coisas