Promotora eleitoral dá parecer contrário a pesquisa que indica crescimento de Garcia: ‘irregular’

Daniel, o prefeito e representante da coligação que foi à Justiça contra pesquisa Colectta: suspeita de irregularidades (FOTO: HoraH)

Saiu neste domingo 25 o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) em relação à representação da coligação ‘Marília é Deus, Pátria, Família, Amor e Liberdade’ contra pesquisa do instituto Colectta Consultoria em Estatística e Dados Ltda. de SP, “por suposta realização e divulgação de pesquisa eleitoral irregular”. O prefeito Daniel Alonso (PL) figura como representante da coligação contra a pesquisa que indicou crescimento do candidato a prefeito Garcia da Hadassa (Novo), o que foi amplamente divulgado por ele na mídia.

O pedido de liminar para suspender imediatamente a divulgação da pesquisa foi indeferido, mas ao analisar o conteúdo da representação a promotora eleitoral Dra. Cristiane Patrícia Cabrini foi taxativa: o pedido de cassação do registro da pesquisa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o julgamento dela como irregular e a proibição da divulgação do resultado “comporta acolhimento”. Por se tratar de período eleitoral, a justiça nessa área funciona ininterruptamente, inclusive em feriados e finais de semana, como neste domingo.

“O Ministério Público Eleitoral opina pela procedência da representação, impedindo a divulgação da pesquisa, tudo sob pena de multa legal, ao ser considerada a pesquisa como ilegal e não registrada, caso divulgada, afora as demais cominações legais aplicáveis”, relatou a promotora Dra. Patrícia. Com o parecer, o caso segue agora para julgamento do juiz eleitoral que analisa o caso; se a decisão seguir o parecer, a pesquisa da Colectta será considerada irregular e a divulgação, proibida.

Representante legal do instituto de pesquisa contestou as alegações da coligação representada por Daniel Alonso, mas, segundo a promotora de Justiça, “não apresentou a documentação obrigatória requisitada pelo juízo”. No caso, o Demonstrativo do Resultado do Exercício do ano anterior ao da realização das eleições, a Nota Fiscal do serviço realizado, as circunstâncias que apontam para as irregularidades que comprometem a fidedignidade do resultado etc.

Em entrevista no dia seguinte à divulgação da pesquisa amplamente favorável ao candidato Garcia, o prefeito concedeu entrevista ao HORAH ao vivo e disse que ela havia sido contratada por um candidato, sem citar nome; colocou em xeque o instituto e o resultado; falou que neste ano há “um bando de ‘171’, um bando de picaretas” disputando as eleições; e fez outras críticas. Sem falar no instituto, Garcia explorou o resultado para dizer que ‘o 2.o turno já começou’ na eleição para prefeito de Marília, afirmando que está polarizando com Vinicius Camarinha (PSDB), que lidera as duas pesquisas divulgadas até o momento.

Parte do parecer do Ministério Público Eleitoral (FOTO: Reprodução doc. oficial)

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