Moradores de Chavantes, região de Ourinhos, protestam na tentativa de impedir o sepultamento de Agnaldo Assunção, 49 anos, encontrado morto em cela do CDP de Cerqueira César. Ele havia confessado o assassinato da menina Emanuelle de Castro, de apenas 8 anos, com 13 facadas no último fim-de-semana – ela sumiu de praça de Chavantes, onde brincava, na 6ª feira (10) à tarde e o corpo foi localizado na noite da 2ª feira (13), às margens de um córrego, na zona rural. Agnaldo indicou onde havia deixado a menina após o crime.
Recolhido ao CDP, o homem, que era conhecido e vizinho da família da menina, foi achado morto na manhã da 4ª feira (15). O caso foi registrado como suicídio, segundo nota distribuída pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado. Agnaldo estava preso preventivamente por determinação da Justiça em audiência de custódia. Na nota, a secretaria detalha que o assassino de Emanuelle se enforcou com o uso de um lençol. “(…) o detento estava sozinho em sua cela devido à grande repercussão do delito realizado pelo mesmo”, acrescenta.
Na tarde de ontem, moradores de Chavantes, ainda chocados com o crime, protestaram em frente ao cemitério da cidade para impedir o enterro de Agnaldo no local – o mesmo onde Emanuelle foi sepultada. A única funerária da cidade informou que o corpo de Agnaldo foi liberado pelo IML de Avaré e enterrado ontem mesmo, porém não precisou o local. Com a morte do homem, a polícia entende que ficará difícil esclarecer a real motivação para o crime.
“Entendemos que aquele argumento utilizado por ele não é verídico (que matou a menina para se vingar da mãe dela, que não permitia que Emanuelle brincasse com o enteado dele)”, destaca o delegado João Beffa, da DIG Ourinhos, responsável pelo inquérito. “Nós trabalhamos com a hipótese de crime sexual”, observa, informando que Agnaldo disse ter levado a menina ao local onde o corpo foi encontrado, “em outra oportunidade”.
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