PREFEITO DE MARÍLIA APELOU AO ESTADO, FALOU EM FRUSTRAÇÃO E PEDIU FLEXIBILIZAÇÃO ‘MAIS JUSTA’
O prefeito Daniel Alonso falou por telefone com o secretário de Desenvolvimento Regional Marco Vinholi, coordenador do comitê gestor da pandemia do coronavírus no Estado, protestou contra a classificação da região de Marília na ‘Retomada Consciente’ anunciada nesta 4ª feira (27) e aguarda uma resposta oficial, amanhã. “Estamos confiantes na reclassificação. Desde o início fizemos a nossa parte e merecemos uma flexibilização mais justa”, pontuou. Só depois é que Daniel deve publicar o decreto da flexibilização, previsto para a 6ª feira (29).
As medidas vão valer a partir da 2ª feira, 1º de junho. “Esperávamos estar no mínimo na Faixa 3 por tudo aquilo que fizemos, pelos dados que apresentamos e pelo que foi discutido e acordado com o comitê estadual. Marília seria Faixa 3, podendo chegar até à Faixa 4, mas infelizmente fomos incluídos na Faixa 2”, lamentou o prefeito em live no início da noite de hoje, após rodadas de reuniões. Ele demonstrou dados estatísticos para comparar o bom desempenho de Marília e região frente a outras cidades e regiões melhor classificadas. “Nossa cidade está melhor rankeada em todos os quesitos, então existe aqui um grande equívoco por parte do Governo do Estado”, frisou.
‘DISTORÇÃO’ – Na Faixa 2, comércio, shoppings centers e outros serviços podem abrir sob critérios, mas restaurantes, lanchonetes, bares e salões de beleza, não. “Aguardamos o retorno da equipe técnica do governo com a revisão dos dados e a nossa reclassificação, na certeza de que isso irá acontecer”, disse Daniel. Ele falou em ‘distorção’, ‘falha do sistema’ ou algo semelhante que reduziu a flexibilização inicial da atividade econômica na cidade e região. E ponderou que 40% dos micro e pequenos empreendimentos podem fechar e demitir se não reabrirem na 2ª feira, após 70 dias de quarentena.
COMO FICA – De qualquer forma o comércio volta a funcionar e os shoppings da cidade poderão abrir das 12h às 16h, respeitando restrição imposta pelo Estado – duramente criticada pelo setor. Dizendo-se frustrado com a limitação imposta pelo Estado, porém otimista, o prefeito acredita que “em uma semana Marília vai pular para a Fase 3 ou a 4”, porque todos os cuidados foram tomados e os números são positivos — a primeira revisão estadual será feita em 7 dias. Serviços públicos serão retomados aos poucos e o transporte continuará restritivo para maiores de 60 anos; escolas serão avaliadas na semana que vem; eventos públicos ainda estão fora de cogitação.
‘ABERRAÇÃO’ – O presidente da Câmara Marcos Rezende falou da aprovação de projeto de lei da Casa, por unanimidade e parecer de constitucionalidade do Jurídico, dando autonomia ao Executivo para a retomada da economia municipal. “Inclusive as atividades não contempladas nessa aberração que o governador fez com nossa cidade”, criticou, dizendo ainda que “não é possível termos índices tão positivos e ficarmos sob o jugo do Estado para definir as nossas ações, quando somos responsáveis e sabemos do nosso dever”.
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