Após acionar os sopradores que injetam oxigênio nos tanques de aeração onde ficam as bactérias que dão início ao tratamento de aproximadamente 35% do esgoto de Marília, o prefeito Daniel Alonso tornou realidade a chamada ‘Obra do Século’, anunciada e aguardada há 30 anos. Nesse tempo todo, a obra começou e parou por várias vezes e motivos – inclusive suspeita de corrupção e desvios –, chegando a ficar abandonada por anos. “Entregar essa obra é tão importante e significativo, que eu poderia ir para casa aguardar o término do meu mandato, que, mesmo assim, já teria feito a maior obra da história de Marília”, exemplificou Daniel.
Empresários, o Promotor de Justiça do Meio Ambiente José Alfredo de Araújo Sant’Ana, secretários, vereadores e convidados acompanharam a cerimônia simbólica na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pombo, Zona Oeste, em área que fica a 70m abaixo do nível da cidade, na manhã desta 6ª feira (7). “Estou comovido com a delicadeza do convite para estar aqui e acompanhar esse momento histórico para Marília”, resumiu o engenheiro Aloísio Fagundes, especializado em saneamento básico e responsável pelo projeto original do tratamento do esgoto da cidade, 30 anos atrás.
FINALMENTE – Emocionado, o diretor-proprietário da empresa mariliense Replan Saneamento e Obras disse que a ‘Obra do Século’ só saiu do papel “pela coragem do prefeito Daniel Alonso, pela dedicação do Secretário de Obras André Ferioli, pela seriedade do Secretário da Fazenda Levi Gomes e, claro, pelo empenho da nossa equipe de trabalho”. Apesar de participar de todas as fases da obra nas últimas 3 décadas como ‘terceirizado’, essa foi a única vez que venceu a licitação e assumiu a responsabilidade total dos serviços. “Como mariliense e empresário, estou muito orgulhoso e realizado. Agradeço primeiro a Deus e, depois, àqueles que confiaram em nosso trabalho. Muitos duvidaram e até apostaram que a obra não sairia, mas provamos o contrário, para o bem de Marília e sua população”, concluiu.
GANHOS – Daniel e Pavarini destacaram a importância da obra para o meio ambiente, a saúde e o desenvolvimento da cidade. “A primeira pergunta que as empresas internacionais fazem antes de investir em uma cidade é se ela trata o esgoto. Elas não investem onde não bem tratamento”, disse Daniel, acreditando que Marília ganhará com investimentos e desenvolvimento. “Com o esgoto tratado, também vamos captar água de qualidade superior no Rio do Peixe, barateando o custo com tratamento”, observou. “E não podemos esquecer que para cada um real aplicado em saneamento, são economizados quatro reais em tratamento de doenças”, finalizou Pavarini.
OUTRAS – Em no máximo 60 dias a Replan deve acionar o tratamento na ETE Barbosa, que receberá mais 35% do esgoto da cidade, perfazendo 70% de dejetos urbanos tratados em Marília. Aí faltará a construção da ETE Palmital, que está em fase de licitação e tratará os 30% restantes do esgoto da cidade.
ECONOMIA – Em comparação com o orçamento feito na gestão passada para realização dessas obras, o governo atual calcula uma economia de 50%. “Pelas estimativas seriam gastos de R$ 120 milhões a R$ 140 milhões, e nós vamos fazer tudo com aproximadamente R$ 70 milhões”, avaliou o secretário Levi Gomes. “Gestão eficiente e transparente, empenho e coragem do nosso governo foram determinantes para tornar essa obra realidade”, concluiu Daniel.
HORAH – Você sabe mais