Relaxo – CAMINHÃO MUNICIPAL USA CADEIRA NO LUGAR DE BANCO

Sem placa dianteira, com assoalho furado e cadeira no lugar do banco: caminhão da frota municipal de Jaú (FOTO: Reprodução/Gabinete Vereador Mateus Turini)

PREFEITO JÁ TERIA AUTORIZADO CONSERTO, MAS NEM ASSIM SERVIÇO FOI FEITO, DIZ VEREADOR ALIADO

Um relaxo total com a frota municipal e a segurança dos funcionários públicos foi flagrado no Distrito de Potunduva, em Jaú. No lugar do banco do passageiro do caminhão usado no dia-a-dia foi colocada uma cadeira; todo rasgado, o banco do motorista está com as molas aparentes, não tem cinto de segurança, o assoalho está furado e falta placa de identificação frontal no veículo.

“O que é isso?! Tem uma cadeira do lado do banco do motorista, onde é pra sentar o acompanhante. Não tem condições, mas é este o caminhão que está sendo utilizado para serviços no Distrito de Potunduva” – indignou-se o vereador Mateus Turini, ao exibir fotos do veículo no telão da câmara na sessão desta semana. Ele destacou que esse relaxo com a frota põe em risco a segurança dos próprios trabalhadores municipais e cobrou providências urgentes.

Segundo o vereador aliado Jefferson Vieira, que é do distrito, o problema “já é do conhecimento do prefeito, que no mesmo momento ligou para a pessoa responsável e mandou consertar” o caminhão. Porém, admitiu que “é complicada a situação (…) de todos os veículos” municipais em Potunduva e reclamou que, apesar da ordem do prefeito, “até agora nada foi feito”. “Quero saber de quem é a responsabilidade”, enfatizou, sem se dar conta de que instantes antes falou que o prefeito havia telefonado para tal pessoa determinando reparos no caminhão.

Não é de hoje que a frota municipal é preocupante em Jaú, foi alvo dos opositores do ex-prefeito Rafael Agostini na última campanha eleitoral e segue praticamente do mesmo jeito até hoje. Salvo alguns veículos e máquinas doados pelo programa Nova Frota do governo de SP a todos os municípios, inclusive Jaú, o restante da frota está literalmente caindo aos pedaços. É o caso da máquina D-14 que era usada no lixo, foi consertada no início do atual governo por quase R$ 40 mil, voltou a quebrar e está encostada há meses em oficina na cidade vizinha de Pederneiras à espera de reparos — no caso, o serviço não sairia por menos de R$ 50 mil; só pra fechar o motor e devolver à prefeitura, o custo seria de R$ 9 mil, segundo vereadores da oposição disseram recentemente na câmara.

Outros veículos estão na mesma situação, como a máquina D-14 ‘debulhada’ em oficina à espera de conserto (FOTO: Reprodução)

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