Relaxo: sem manutenção, forro de policlínica desaba com infiltrações

Foto extraída de vídeo feito com celular, no momento em que parte do forro desabou: relaxo na manutenção do prédio (FOTO: Reprodução HoraH)

FILMADO E FOTOGRAFADO, PROBLEMA É LEVADO À PREFEITURA, MP E TRIBUNAL DE CONTAS; “Não é possível ficar economizando R$ 180 milhões e deixar um forro de gesso caindo”, indignou-se vereador Mateus Turini

Parte do forro de gesso da Policlínica do Jardim Bernardi, Zona Norte de Jaú, desabou esta semana por causa do excesso de infiltrações. O problema ocorreu durante chuva forte na última 5.a feira (19) e, por sorte, não atingiu nenhum funcionário da unidade de saúde nem paciente. Imagens feitas por celulares mostram o tamanho do estrago que as infiltrações causaram no local, deixando exposta a fiação elétrica e o madeiramento do telhado do prédio, com marcas evidentes de umidade antiga e excessiva.

Outro vídeo registra o volume de água caindo do telhado e escorrendo principalmente pela fiação até as luminárias da policlínica e o aguaceiro que tomou conta do piso de toda a unidade. Armários e equipamentos diversos foram atingidos. “A unidade toda tem forro de gesso, o que significa que se o problema não for resolvido rapidamente ele pode desabar a qualquer momento”, relatou o vereador Mateus Turini, que foi chamado por usuários da policlínica para ver o que está acontecendo. “O madeiramento exposto também já exibe marcas de infiltração”, acrescentou.

Vereador Mateus foi à Policlínica Bernardi e se surpreendeu com gravidade do problema (FOTO: Reprodução vídeo)
Fiação exposta depois que forro desabou no local (FOTO: Arquivo pessoal/Reprodução)
Aguaceiro se espalhou pelo chão da Policlínica Bernardi (FOTO: Arquivo pessoal/Reprodução)

O relaxo na policlínica (que deve ser o mesmo das demais unidades de saúde municipais) é tão grande que até o novo aparelho de Raio-X digital comprado com recursos repassados pela Unoeste e entregue esta semana em clima de festa pela administração Ivan Cassaro, corre risco. “Para minha surpresa, a máquina de Raio-X está trancada em uma sala (da policlínica) da qual os funcionários da unidade não possuem chave. Ou seja: além de não estar sendo usada, o que já é um problema por si só, caso aconteça de desabar o forro sobre o equipamento, não tem como entrar na sala”, contou Mateus Turini. Ele teme que pedaços do forro despenque sobre servidores, pacientes ou mesmo aparelhos da policlínica.

Apesar de ter tomado conhecimento do problema, não há notícia de que a prefeitura tenha agido rapidamente para por fim ao relaxo. Tanto que o vereador avisou que registrou o fato na Ouvidoria Municipal, “solicitando imediatamente uma ação da prefeitura”; que também fez “uma Notícia de Fato junto ao Ministério Público no inquérito já aberto para verificar a situação dos postos de saúde da cidade, anexando fotos e vídeos do que aconteceu na policlínica”; e que também vai mandar o caso para conhecimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Não é possível ficar economizando R$ 180 milhões (superávit nas contas municipais) e deixar um forro de gesso caindo sobre tudo na policlínica”, concluiu Mateus.

Raio-X digital entregue esta semana, tranco em sala cujos funcionários não têm chave na policlínica: absurdo (FOTO: Divulgação/Secom)

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