SEM AVISAR, PREFEITURA REDUZ VAGAS E COMPROMETE ATENDIMENTOS DA AMAI

Dagoberto à frente de campanhas de manutenção da AMAI (FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal)

PRESIDENTE DA ENTIDADE DOS DEFICIENTES TENTA E NÃO CONSEGUE FALAR COM ADMINISTRAÇÃO IVAN CASSARO

 

Edital de chamamento público para prestação de serviços na área da assistência social em Jaú, de 20/12, pegou a AMAI de surpresa. Entidade criada nos anos 1980 para prestar atendimento a pessoas com deficiência em Jaú corre sério risco de parar de funcionar. “Fizemos uma reestruturação, a gente pagou todas as contas, está tudo em ordem, tudo em dia, e agora não poder atender o deficiente, fica complicado”, lamentou o presidente Dagoberto Alasmar, o Dago, que também preside o Conselho da Pessoa com Deficiência.

A publicação do governo Ivan Cassaro simplesmente cortou 45 das 155 vagas custeadas até o final de 2020, sendo que 80 destinam-se à APAE, e também reduziu valores de repasse. As entidades terão problemas financeiros e estruturais, visto que estão dimensionadas para uma realidade e terão de conviver com outra, muito aquém do necessário. “Eles reduziram 45 vagas da AMAI, mas Jaú não perdeu 45 deficientes do ano passado pra cá. Duro é que não vai ter como mudar isso agora. Nós fomos pegos de surpresa: a entidade não foi questionada, nem mesmo o Conselho. Eles acharam que 45 a menos seria o ideal e pronto”, queixa-se Dago.

Membros da AMAI protestaram em 2019 para entidade continuar na ativa (FOTO: Reprodução web)

As tentativas de falar com a administração Ivan Cassaro foram infrutíferas até o momento. “A gente não tá conseguindo resposta para esses nossos contatos”, disse o presidente da AMAI. Até o final do ano a entidade fazia cerca de 25 atendimentos presenciais e outros 50 em casa, por falta de estrutura maior para prestar o serviço; com o corte imposto pela prefeitura em 2022, talvez não dê para garantir nem os atendimentos locais. Pior é que Dago assumiu a AMAI endividada e sem prestação de contas atualizada, o que levou a ser barrada no serviço público; com esforço e apoio da comunidade, reverteu esse quadro e, na hora de expandir os trabalhos, a entidade é novamente castigada. “Vamos ver o que vai dar pra fazer”, concluiu.

A reportagem encaminhou solicitação de informações à prefeitura e aguarda retorno. Tão logo elas cheguem, a notícia será atualizada.

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