Se reclamações isoladas não resolveram o problema, agora servidores estão divulgando Carta Aberta à população para denunciar assédio moral, perseguições e humilhações que sofrem da secretária da Saúde Ana Paula Rodrigues e assessores diretos dela em Jaú. Os trabalhadores relatam inclusive abalos psicológicos e psiquiátricos causados pelas ameaças constantes que sofrem e pedem ajuda às autoridades e à sociedade.
“A todo momento somos ameaçados com transferências, sindicâncias, processos administrativos e até com exonerações”, diz a Carta que está nas redes sociais e foi encaminhada também ao HORAH. Os servidores falam em acúmulo de funções, falta de profissionais, proibição de críticas à gestão da Saúde e à administração do prefeito Jorge Cassaro, além de vigilância permanente, “inclusive em nossas redes sociais”, o que sempre leva a “retaliação”.
Direitos dos servidores também estão sendo desrespeitados, segundo a Carta, “em relação a folgas, férias e licença prêmio” porque “não tem quem substitua e não pode pagar horas extras”. As condições de trabalho também não são das melhores, visto que algumas unidades de saúde não dispõem sequer de sala de descanso (obrigatória por lei); “os funcionários tem que fazer um carfé ou comer um biscoito escondido até mesmo no banheiro, pois se pegarem o funcionário comento, será repreendido”.
“Os servidores já estão esgotados psicologicamente por causa dessa situação criada nos três anos da atual administração. O poder subiu na cabeça, e quando isso acontece a pessoa fica cega e começa a ser injusta com o trabalhador”, resumiu Edenilson de Almeida, presidente do Sinfunpaem, sindicato dos funcionários públicos municipais. Esse jeito de agir da secretária é copiado pelas coordenadoras e assessores ao redor dela, criando um ambiente de medo constante na Saúde. “Vamos cobrar providências do prefeito, exigir uma acareação entre os servidores, a secretária e a chefia da Saúde, e denunciar tudo ao Ministério Público do Trabalho, também”, concluiu.
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