Solidariedade – LANÇADA CAMPANHA PARA REPOR SALÁRIO DE PROFESSORA QUE DEFENDEU SAÚDE DE SERVIDORES

Professora Cristiane volta ao serviço público depois de 4 meses de agonia (FOTO: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Representantes de diversas entidades e servidores municipais lançaram campanha financeira para repor o salário da professora Cristiane Banhol. Depois de cumprir suspensão no governo passado por defender equipamentos de segurança para funcionários da Saúde na pandemia, o atual prefeito Ivan Cassaro mandou reabrir o processo administrativo para mudar a punição e demiti-la da rede municipal de educação.

A demissão foi assinada por Ivan dia 25/8, “porém a Prefeitura não fez até hoje o pagamento do mês trabalhado” por ela, que depende exclusivamente do salário. Dia 10 deste mês foi protocolada nova defesa administrativa em nome de Cristiane, mas ela “ainda não foi informada dos próximos procedimentos e prazos”, diz nota distribuída pelos apoiadores da campanha.

A solidariedade à professora é justificada pelo fato de Cristiane ser “trabalhadora, mãe de dois filhos e não ter outra fonte de renda”. Objetivo é “arrecadar o valor necessário para suprir o prejuízo financeiro imposto por essa demissão injusta”, acrescenta a nota. Veja abaixo como contribuir.

Na sessão da Câmara de 2ª feira (13), requerimento de autoria do vereador Mateus Turini (PDT) foi assinado pelos integrantes da Comissão de Educação (presidente Tito Coló, do PSDB, e membro Bill Luchesi, do Cidadania) pedindo a convocação do secretário de Governo Paulo Ivo. Caso aprovado no plenário na sessão da próxima 2ª feira (20), o secretário terá de comparecer em sessão extraordinária para responder questionamentos dos vereadores sobre a demissão da professora; se não for, incorrerá em crime de responsabilidade. HORAH apurou comentários de bastidores sobre forte pressão dos governistas no presidente João Brandão (Patriota), para não pôr o requerimento em votação.

Além de ativista social e defensora dos servidores, Cristiane também foi candidata a prefeita pelo PSTU em 2020, quando Ivan Cassaro foi eleito. Neste ano, ela continuou militando em defesa dos servidores e fez várias cobranças à atual administração. Por isso, por ser considerada “pedra no sapato” do governo, servidores e entidades que apoiam Cristiane entendem que ela está sendo vítima de perseguição política na prefeitura de Jaú. Essa, aliás, é a principal linha de defesa dela contra a demissão e em favor da reintegração imediata no cargo de professora.

HORAH – A verdade dos fatos