A totalidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não votou, mas já há voto suficiente para formar maioria e tornar réus os 100 primeiros denunciados pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília-DF, quando as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do STF foram depredadas. O quebra-quebra não poupou sequer o patrimônio histórico que havia nesses locais, causando prejuízo estimado em mais de R$ 20 milhões.
Entre os 100 denunciados que agora deverão virar réus em ações penais está a bauruense Fátima Aparecida Pletti, de 61 anos. Ela foi rastreada durante o quebra-quebra e a PF encontrou nas redes sociais dela postagens pedindo recursos para hospedagem na capital federal e para fretamento de ônibus para levar bauruenses a Brasília. Entre os demais denunciados há médicos, advogados e empresários; novas listas deverão surgir nos próximos dias.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), autora das denúncias, os futuros réus responderão a ações penais, ficarão sujeitos a novos interrogatórios, haverá nova coleta de provas e testemunhas também deverão ser ouvidas. Ainda cabem recursos contra o recebimento das denúncias, mas as evidências contra os acusados são muito fortes e apontam para tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, deterioração do patrimônio público tombado etc.
Até agora a PGR já denunciou 1.390 pessoas por envolvimento com o quebra-quebra de 8/1, sendo 239 classificadas como executoras, 1.150 como incitadoras e uma por suposta omissão de agente público.
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