SUPERLOTAÇÃO – Em nota, direção do HC de Marília aponta causas do problema e não cita autor de denúncia, que foi demitido

A enorme repercussão da denúncia do médico Ricardo Paoliello sobre a superlotação e demora no atendimento aos pacientes no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (HC) de Marília levou a superintendência do HC Famema a divulgar Nota de Esclarecimento. Técnico, o comunicado assinado pela superintendente Paloma Libanio Nunes expõe “a complexidade da matéria que envolve a Saúde Pública” e trata a superlotação como “fenômeno contemporâneo”. O autor da denúncia não foi citado nenhuma vez.
Como se diz popularmente, sobrou para todo mundo. “A redução do número de leitos hospitalares disponibilizados pelos gestores municipais e estadual e o crescimento populacional (…) são importantes fatores geradores da superlotação”, enfatiza Paloma. Ela destaca medidas adotadas pelo HC Famema para “ampliar o acesso dos pacientes” aos serviços do hospital, como leitos de rotatividade de 72 horas e otimização das agendas cirúrgicas.
Cita, ainda, que toda superlotação nos serviços de emergência é comunicada oficialmente” aos setores competentes, “solicitando apoio dos órgãos de regulação” há anos. Por fim, lembra que o HC é autarquia estadual referência SUS em média e alta complexidade para 1,2 milhão de habitantes em 62 municípios no entorno de Marília. E que “apesar de não ter a infraestrutura e logística mais adequada”, se esforça para “melhorar cada vez mais os serviços” oferecidos à população.