Os 15 anos de descoberta dos fósseis do Dino Titã de Marília, comemorados no primeiro dia deste mês, foram “mais um marco histórico dos 35 anos de descobertas paleontológicas no município”, avaliou o prefeito Daniel Alonso. “Avançamos muito na promoção turística na minha gestão, tanto que já no primeiro mandato conseguimos o título de Município de Interesse Turístico (MIT) e ainda reinauguramos o Museu de Paleontologia de Marília, que hoje recebe 3 mil pessoas por mês”, disse.
Quem também festejou a data foi Nelson Mora, secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico. “Essa descoberta foi fundamental para a consolidação da nova identidade turística conquistada pelo Município, de ser mais um sítio paleontológico para a descoberta e estudo de fósseis de dinossauros”, observou. Nelson disse que o Museu tem entrada franca e funciona de 3.a a 6.a feira das 9h às 17h e, aos sábados, das 13h às 19h, no centro da cidade.
A localização do fóssil do Dino Titã de Marília foi mesmo a virada de chave para o turismo, porque acabou virando tema da novela Morde & Assopra da TV Globo em 2011, além de ter sido notícia de destaque na mídia pelo Brasíl afora, como no jornal Folha de S. Paulo. Em 1.o de abril de 2009 o paleontólogo William Nava encontrou vários fósseis (costelas, vértebras, ossos longos e outros) durante escavações em rochas de arenito às margens da SP-333, no extremo norte do município.
As escavações foram programadas e retomadas em 2011, finalizadas no ano seguinte, resultando na coleta de 70% do esqueleto de um titanossauro, espécie de dinossauro herbívoro que habitou a região há 70 milhões de anos. O trabalho contou com parceria da Universidade de Brasília (UnB) e da Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na ocasião, Nava teve a contribuição dos paleontólogos Rodrigo Santucci e Marco Brandalise de Andrade.
A descoberta foi tão importante que o Dino Titã de Marília é considerado um dos mais completos titanossauros já localizados no Brasil; os estudos fósseis trouxeram novas e importantes informações sobre esses magníficos animais e o ambiente da região, sem falar nas “novas interpretações anatômicas sobre a biologia deles, que foram extintos no final do Período Cretáceo”, diz nota divulgada pela Prefeitura de Marília.
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