- DOIS VEÍCULOS ERAM USADOS NA COLETA SELETIVA DO LIXO EM JAÚ, MAS HÁ SUSPEITA DE MAIS NO PASSADO, SEGUNDO SECRETÁRIO MÁRCIO ALMEIDA (Foto: Reprodução vídeo)
- Antes, máquina alugada a R$ 40 mil/mês substituía equipamento público parado
- Prefeito mandou apurar todos os desperdícios do governo passado
Imagine contratar e pagar uma empresa para fazer determinado serviço e, apesar disso, você fornecer os veículos e condições de trabalho que seriam responsabilidade dela. Pois foi justamente isso o que aconteceu com a coleta seletiva do lixo em Jaú, segundo o secretário da Mobilidade Urbana Márcio Almeida. “Fizemos um levantamento e vimos que a Prefeitura cedia caminhões do Município pra ajudar na coleta, quando o contrato previa que a empresa colocasse nove caminhões coletando e um de reserva”, resumiu.


De acordo com o secretário essa situação vinha de longa data. “Ultimamente eram dois caminhões, mas temos informação de que antes existiam quatro trabalhando nessa coleta”, contou Márcio. Assim que soube, o prefeito Ivan Cassaro determinou que os caminhões fossem recolhidos e a empresa assumisse total responsabilidade no cumprimento do contrato. “É patrimônio da população trabalhando de graça para a terceirizada”, disse o prefeito em vídeo gravado no Ceprom, a sede da secretaria, visivelmente indignado.
“Acredito que tenha havido até um crime de responsabilidade nisso. O prefeito determinou uma apuração interna onde a gente vai saber porque esses caminhões públicos estavam à disposição da terceirizada, quem pagava a manutenção deles, combustível, pneus. De uma coisa eu já sei: o Município estava sendo muito lesado”, falou o secretário. O vice-prefeito Tuco Bauab disse que tudo será documentado e encaminhado aos órgãos competentes “para as devidas providências”. Para ter ideia do que acontecia, Márcio comentou que “até retiravam o adesivo da Prefeitura da porta dos caminhões para confundir a população”.

Mas não foi só isso. Tão logo assumiu, o secretário encontrou uma máquina de esteira encostada no Ceprom, enquanto outra, alugada, era usada para amontoar lixo da coleta urbana. O serviço custava em torno de R$ 40 mil por mês, sendo que a atual administração gastou menos do que isso para consertar a máquina da Prefeitura e devolve-la ao serviço. A draga para limpeza do leito de rios, serviço essencial contra enchentes que todos os anos castigam a cidade, também estava parada e já foi praticamente toda recuperada no atual governo. “A população ainda vai se surpreender muito com as coisas erradas que aconteciam”, antecipou o secretário.
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