O velório do cantor e compositor Erasmo Carlos será restrito e reservado somente à família e amigos mais próximos. O anúncio foi feito pela família do artista no início da noite deste 3.a feira 22. Ele morreu em hospital particular do Rio de Janeiro em que esteve internado por duas semanas, recebeu alta no último dia 2, mas teve agravado o quadro clínico e voltou a ser hospitalizado no mesmo dia, sendo intubado a partir de então. Erasmo tinha 81 anos.
Casado com a pedagoga Fernanda Passos, 49 anos mais jovem e que se dizia fã dele desde criança, Erasmo deixa três filhos do primeiro casamento — um deles falecido em acidente de moto. Considerado o Pai do Rock Nacional e um dos símbolos da Jovem Guarda, um dos movimentos artísticos que mais influenciaram a música jovem brasileira a partir dos anos 1960, Erasmo tinha o apelido de Tremendão e foi o principal parceiro musical de Roberto Carlos, expressão máxima deste movimento. Juntos, compuseram cerca de 500 músicas.
“Minha dor é muito grande. Nem sei como dizer tudo o que eu penso desse meu amigo, meu grande irmão, meu ídolo”, disse Roberto, afirmando ter sido “um privilégio” ter tido um amigo assim por tantos anos. “Que nosso Deus de bondade o proteja e o abençoe sempre”, acrescentou Roberto Carlos. “Perdi a capacidade de me lembrar de como era a vida sem você, talvez ela nem tenha existido”, divulgou a esposa Fernanda.
Erasmo foi internado em meados de outubro com síndrome edemigênica, doença que junta líquidos nos tecidos do corpo e causa inchaços, resultado do mau funcionamento de órgãos como rins e fígado, por exemplo. Foi por uma complicação clínica que a saúde de Erasmo piorou e o levou a óbito nesta 3.a feira.
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