Alegando ‘vedações’ do ano eleitoral, Prefeitura propõe só 4,5% para servidores

Em 2022 a assembleia dos servidores foi sabotada pela administração, que obrigou comissionados a comparecerem; desta vez, sindicato teme que aconteça o mesmo (FOTO: Reprodução web)

Em documento assinado pelo secretário de Governo, Paulo Ivo, a Prefeitura de Jaú alega ‘vedações’ impostas pela lei eleitoral para propor apenas 4,5% de correção sobre os salários dos servidores municipais neste ano. Trata-se tão somente do índice inflacionário medido pelo IPCA, frustrando a expectativa dos trabalhadores, que além disso pretendiam 15% de ganho real e outros benefícios incluídos na pauta de reivindicações.

“Infelizmente a proposta é esta, e as alegações são por tratar-se de ano eleitoral. Sempre são os servidores que pagam a conta”, resumiu o presidente do Sinfunpaem-Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, Edenilson de Almeida, em comunicado distribuído para os servidores junto com a convocação de assembleia geral que será realizada nesta 3.a feira 19, a partir das 19h, no salão de festas da Igreja NS Aparecida. “Quem decide não é o sindicato, é a assembleia”, enfatizou.

A proposta oficial da Administração Jorge Ivan Cassaro faz várias considerações antes de informar o índice de correção dos salários, entre elas que ano passado foram concedidos 10,8% e que o “manual de Gestão Financeira de Prefeituras e Câmaras, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), recomenda que a revisão (salarial), antes do período vedado, será a reposição inflacionária dos últimos 12 meses”. Como o IPCA fechou em 4,5%, este será o índice, “exclusivamente em razão das vedações eleitorais”, conclui Paulo Ivo.

“Servidores, agora é a hora de mostrarmos a nossa força e união. Compareçam na assembleia”, diz a convocação distribuída pelo Sinfunpaem, observando que os comissionados da gestão Jorge estão sendo chamados pela administração para também estarem presentes e votar. Em anos anteriores, a pressão sobre os comissionados foi grande e eles acabaram sendo obrigados a defender a proposta do prefeito, sufocando a vontade dos servidores de carreira.

Em 2017, falta de acordo levou servidores à greve; o que será que vão decidir desta vez? (FOTO: Reprodução web)

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