ALUNAS FAZEM B.O. POR IMPORTUNAÇÃO SEXUAL CONTRA PROFESSOR

Cartaz com frases atribuídas ao professor da Unesp: importunação sexual (FOTO: Reprodução web)

ABAIXO ASSINADO PELA EXONERAÇÃO DELE JÁ CONTA COM 7,5 MIL ADESÕES; PROFESSOR DIZ QUE É VÍTIMA DE CALÚNIA, MAS UNESP DECIDIU AFASTA-LO DAS FUNÇÕES

O professor adjunto Marcelo Magalhães Bulhões foi afastado das funções na Unesp campus Bauru e responde a sindicância aberta pela universidade para apurar acusações de assédio sexual contra alunas do curso de Relações Públicas. Três dessas alunas também registraram boletim de ocorrência na DDM-Delegacia de Defesa da Mulher na tarde da 3.a feira 5 por importunação sexual. Um abaixo-assinado pedindo a exoneração do professor, que dá aulas na Unesp desde 1994, contava até a noite de ontem com cerca de 7,5 mil adesões.

As estudantes foram à DDM acompanhadas da presidente do Conselho Municipal de Políticas para Mulheres, Gloria dos Reis, e da advogada e titular da Comissão de Mulheres da Alesp-Assembleia Legislativa de SP, deputada Isa Penna, que ontem esteve em Bauru. Para ela, que fez live em frente à DDM, a conduta do professor “caracteriza crime de importunação sexual” — a deputada também acredita que a partir do b.o. outras estudantes irão se encorajar a denunciar o mesmo, visto que, segundo ela, “ouviu só ontem cerca de 30 relatos”.

Deputada Isa Penna em frente à DDM Bauru (FOTO: Divulgação)
Direção da Unesp Bauru afastou professor e sindicância apura denúncias internamente (FOTO: Reprodução web)

Tudo começou com um cartaz no campus da Unesp na última 2.a feira 4, com frases de cunho sexual extraídas de supostas mensagens disparadas pelo professor Bulhões para estudantes. As informações são de que a importunação dele se repete há anos, causando “medo” e “insegurança” nas alunas, que chegam a mudar de lugar na sala de aula, colocando os alunos à frente para criar uma barreira entre o professor e elas. Em nota, Bulhões se defendeu e disse que está sendo vítima de “calúnia”; ele também disse que foi acusado em 2019 de assédio, mas a investigação acabou arquivada por falta de provas. Os nomes das estudantes que registraram b.o. não foram divulgados.

HORAH – INFORMAÇÃO É TUDO