“Ao invés de reforma, fizeram a destruição do Museu”, denuncia vereador

Obra devia ter ficado pronta em janeiro, mas, sem receber, a empresa não apareceu mais no Museu desde o carnaval (FOTO: Mateus Turini/Arquivo Pessoal / Reprodução HoraH)

MATEUS TURINI FOI VERIFICAR OBRA NO MUSEU MUNICIPAL DE JAÚ, QUE JÁ DEVIA TER ACABADO, E FICOU ESTARRECIDO COM O QUE VIU; ele promete denunciar aos órgãos competentes

Em janeiro a reforma do Museu Municipal de Jaú era para estar concluída, segundo consta da própria placa da obra instalada no local. Os trabalhos foram iniciados em 25 de maio do ano passado, com prazo máximo de entrega em oito meses. “É uma situação deplorável, abominável o que eu vi ali, porque o Museu está simplesmente abandonado. Foram mais de R$ 800 mil destinados pra reforma, e o que a gente vê é uma pintura nas paredes e todo o acervo misturado, no meio da poeira”, declarou o vereador Mateus Turini, membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara.

Mateus promete denunciar abandono do Museu e da história do município aos órgãos competentes (FOTO: Reprodução/TV Câmara)
Em alguns cômodos, ainda falta tudo (FOTO: Arquivo pessoal)
Material de construção está amontoado por todo canto no Museu (FOTO: Arquivo pessoal)
Piano, que deveria ter sido preservado da poeira, está largado no meio da obra (FOTO: Arquivo pessoal)

Mateus foi vistoriar a obra na manhã desta 3.a feira (11). “Ao invés de fazerem a reforma, fizeram a destruição do Museu”, resumiu o vereador, que se confessou “estarrecido”. O piano está largado no meio da poeira da reforma, assim como todo o acervo que conta a história do município. “O piso (de madeira nobre) foi arrancado e não recolocado; grades e janelas foram removidos e estão amarrados com cordas para não cair; tem banheiros destruídos”, disse Mateus. O investimento total pelo programa Pró São Paulo para reforma e adequação do museu é de R$ 824.566,06.

“O aspecto todo é de abandono, porque desde o carnaval que a empresa não aparece para concluir a reforma”, observou o vereador, que está levantando a documentação, os responsáveis pela gestão e fiscalização do contrato, para “acionar todos os órgãos possíveis, que terão de responder por isso”. Uma obra que era para estar pronta há cerca de 90 dias, continua pela metade e, pior, com o acervo histórico sem nenhum cuidado especial. “Não podemos ver a história do nosso município sendo destruída e ficarmos calados”, finalizou Mateus.

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