
O pequeno Samuel, de apenas 7 anos, finalmente recebeu atendimento médico e iniciou tratamento com objetivo de remover uma sonda gástrica sem uso, implantada há cerca de cinco anos. Dia 20, o menino foi mandado em jejum para Pirajuí, a 120 km de distância de Jaú, onde reside com a família, para que a sonda fosse removida; porém, segundo a mãe Elaine Carracosa, “a moça disse que não atendem crianças, que não tem gastro pediátrico”.



O encaminhamento do menino de Jaú para Pirajuí foi feito pela Secretaria da Saúde, conforme documentos apresentados pela mãe à reportagem e postados nas redes sociais. O responsável, entretanto, teria sido informado que esse tipo de procedimento não é feito naquela cidade, mas mesmo assim encaminhou Samuel para lá. A família chegou antes do horário marcado, com a criança em jejum, e só retornou para Jaú por volta das 21h, sem atendimento. “Não é justo fazerem isso com a gente”, desabafou.
O caso foi abordado por HORAH em uma série de reportagens, inclusive com exibição de vídeos feitos pela mãe em Pirajuí e entrevista ao vivo com ela, situação que comoveu a cidade, já que Samuel é uma criança especial e a sonda parecia estar causando inflamação na barriguinha dele. Muita gente se predispôs a ajudar, inclusive com alimentos, visto que a família é muito humilde e estava com dificuldade até para alimentar os filhos.
Cinco dias depois da denúncia ao HORAH, a Saúde fez contato com a mãe e mandou uma equipe à casa de Samuel, no bairro popular Cidade Alta, zona norte, mas a criança estava na Apae. O retorno ocorreu na última 6.a feira 28, por volta das 16h30, com uma médica e duas técnicas de enfermagem, que atenderam Samuel em casa, receitaram e já entregaram antibióticos e orientaram a mãe a fazer a higiene do local, por causa de secreção. A remoção da sonda será feita em data ainda a ser agendada.
“Examinaram o Samuel aqui na sala de casa, passaram medicamentos e agora vão ver o que fazer. Deram até os remédios. Que tratamento, viu?!” – comentou a mãe em mensagem encaminhada ao HORAH minutos após a saída da equipe médica. “Ah, e como ele está com problemas na dentição, e agora está comendo pela boca, vão oferecer dentista também” – acrescentou Elaine.
Tudo o que a mãe deseja é que o empurra-empurra acabe. A sonda foi implantada no menino na Santa Casa de Jaú; quando deixou de ter utilidade e ele passou a se alimentar via oral, mandaram primeiro para Bauru e depois para Pirajuí, e nos dois locais a informação foi a mesma: a Saúde em Jaú sabia que a remoção não seria feita nesses locais. A expectativa, agora, é que finalmente a sonda seja removida no local adequado e acabe o sofrimento da família, e do menino.
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