O corpo de Adilson da Silva, 34 anos, foi removido das águas da lagoa da Quinta da Bela Olinda nas primeiras horas da manhã desta 3.a feira 27, quando boiou e foi avistado pelo próprio irmão dele, que vigiava o local desde a tarde do domingo 25. Adilson, familiares e amigos nadavam na lagoa, quando ele afundou e não voltou mais à superfície; apesar das buscas, o corpo só foi localizado ao boiar, sendo encaminhado para exames no IML de Bauru.
Com mais esta morte, admite-se que a cidade já tenha registrado cerca de 70 óbitos por afogamento na lagoa, considerada “traiçoeira”, segundo avaliação do próprio Corpo de Bombeiros. O risco é tão grande que há placa no local indicando “Perigo” e pedindo que as pessoas não entrem na água. Porém, o que mais se vê nos finais de semana são pessoas nadando nas águas da lagoa ou navegando com barcos, lanchas e jet ski.
VEREADORES – O novo afogamento na lagoa foi alvo de comentários de alguns vereadores na sessão da Câmara de Bauru na 2.a feira 26. “O fato é que há responsabilidade do município com relação àquela lagoa, é óbvio que há. Foi dito aqui que não há um alambrado sequer, a sinalização (de ‘Perigo’) só existe numa ponta, não em toda a lagoa, então é algo que temos que nos preocupar”, disse Chiara Ranieri. “Quantas vezes ainda vamos nos lamentar por pessoas que perdem a vida lá?”. Porém, advertiu que foi um adulto e não uma criança, e que as pessoas precisam “ter prudência, porque a lagoa é traiçoeira, ela mata as pessoas”.
Guilherme Berriel seguiu na mesma linha ao comentar o assunto, lembrando que “a população tem que ter um pouco mais de consciência, porque já ocorreram ‘N’ casos de mortes lá”, disse. Por fim, ponderou que “não dá pra jogar tudo nas costas do poder público”, por mais que haja a necessidade de criar mais mecanismos de alerta de riscos para os frequentadores da lagoa da Quinta da Bela Olinda.
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