Base aliada aprova 4,5% para servidores; em assembleia, comissionados rejeitam protesto

Contagem dos votos dados em cédulas, no final da assembleia (FOTO: Reprodução vídeo/Marcos Soares)

A base aliada do prefeito Jorge Ivan Cassaro funcionou mais uma vez na Câmara Municipal de Jaú ao rejeitar Moção de Protesto da oposição, contra a forma como as negociações do dissídio dos servidores foram conduzidas pela administração, e aprovar projeto de lei concedendo apenas o índice da inflação para corrigir os salários dos trabalhadores. Já tarde da noite, assembleia dos servidores rejeitou paralisação de um dia, 2.a feira que vem, para protestar contra o índice.

Este foi o fim do dissídio 2024 dos servidores, que vão receber somente o que é determinado por lei, sem aumento nenhum no tíquete-alimentação ou qualquer outro benefício. A assembleia contou com 562 trabalhadores, que protestaram contra os 4,5%, aplaudiram discursos inflamados contra as atitudes do governo Ivan, mas na hora de votar a proposta da paralisação, boa parte simplesmente foi embora. Resultado: 169 votos a favor, 281 contra a paralisação e dois em branco.

“Acho que tinha uns 300 comissionados aqui e muito secretário municipal com lista na mão confirmando quem tinha comparecido”, comentou Edenilson de Almeida, presidente do sindicato dos servidores após anúncio do resultado final. “A cabrestagem funcionou, que foi o jeito que essa gente achou para continuar com os cargos, né?”, disse, referindo-se aos comissionados nomeados pelo prefeito para cargos de confiança na administração.

A assembleia que ainda estava aberta desde a 3.a feira passada, foi agora encerrada com o resultado final da votação. “Não vai ter protesto agora, mas nada impede que os trabalhadores organizem manifestações ao longo do ano. E este é ano eleitoral, não vamos esquecer disso”, avisou Edenilson. “A principal resposta de protesto pode vir no dia 6 de outubro, nas eleições”, concluiu.

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