As contas de 2021 da Prefeitura de Jaú, primeiro ano da gestão do prefeito Jorge Ivan Cassaro (PSD), foram aprovadas “com recomendações” pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A sessão de julgamento ocorreu na 3.a feira (5). Por duas vezes a conselheira Cristina de Castro Moraes apontou problemas, mas relevou por se tratar do primeiro ano da administração e pelas consequências da pandemia da Covid-19.
Ficaram evidentes que dois pontos exigiram análise mais detalhada da Corte: a falta de vagas em creches e as filas para atendimento nas unidades municipais de saúde, problemas que persistem até hoje (e até se agravaram), na reta final do terceiro ano de governo. “Falhas na natureza operacional eu entendo que podem ser ressalváveis nesse momento, tendo em vista porque é o primeiro ano de gestão do prefeito”, ponderou a conselheira Cristina, lembrando que Jorge também anunciou melhorias. “Mas determino correções, principalmente na questão do déficit de crianças nas creches e fila de espera em consultas”.
As correções esperadas pela conselheira deverão “ser acompanhadas pela fiscalização” dos técnicos do TCE, regional Bauru. Ela fez menções também a “divergências em registros contábeis” e a “obras e reparos em prédios públicos, inclusive a questão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB)”, novamente encaminhando à fiscalização e ressalvando se tratar da prematuridade da gestão Jorge. Por fim, encaminhou voto “pelo parecer favorável (às contas de 2021 da Prefeitura de Jaú), com as devidas recomendações”.
O advogado Marcelo Palavéri, constituído em São Paulo pela municipalidade para acompanhar o julgamento do TCE, pontuou “a preocupação exatamente com a questão das creches”, dizendo que o atual prefeito “deixou muito claro” que se empenha em resolver o problema das vagas. “Tá caminhando para correção de falhas antes existentes”, concluiu, referindo-se ao mesmo problema já verificado em governos anteriores. Contudo, estima-se que cerca de 800 crianças estejam na fila de espera por vaga em creche, atualmente.
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