Carteirada: processos administrativos contra sargento são anulados pela Justiça Militar

Sargento Alan, que já foi premiado pela atuação no Trânsito, sofreu com carteirada de vereadora (FOTO: Reprodução)

Dois processos administrativos que pediam a prisão por cinco dias e a exoneração do Sargento Alan Fabrício, da PM de Marília, foram anulados pelo Tribunal de Justiça Militar na última 2.a feira 15. O sargento respondia aos procedimentos por ter mandado guinchar o carro em que estava a filha de uma vereadora da cidade em agosto de 2020, flagrado em blitz de trânsito no início da madrugada com pneus carecas e licenciamento vencido.

Então comandante do Batalhão da PM de Marília, Cristal foi transferida, promovida e colocada na reserva (FOTO: TV Tem/Reprodução)

Naquela ocasião a vereadora teria dado uma carteirada, telefonando para a então comandante do Batalhão da PM, Tenente-Coronel Cristal, que ligou imediatamente para o sargento e mandou que liberasse o veículo, chegando a dizer em determinado momento da conversa, que foi gravada: “(…) o que você tá achando que você é?”. Isso vazou na imprensa e causou grande mal-estar na corporação.

Resultado: o sargento, que estava apenas cumprindo o dever profissional, chegou a ser afastado das funções, e a comandante acabou transferida para Bauru, depois promovida a coronel e colocada na reserva (aposentada). De lá para cá, porém, sargento Alan briga na Justiça para se livrar das imposições sofridas por causa daquela carteirada. Agora que os processos administrativos foram anulados, ele finalmente respira aliviado.

Quanto à vereadora, a Câmara Municipal de Marília chegou a abrir uma Comissão Processante (CP) para investigar a atitude dela, considerada quebra de decoro, mas o relatório final que pedia a cassação do mandato foi arquivado pela maioria dos integrantes da Casa. O fato não foi suficiente também para impedir que a vereadora disputasse a eleição naquele ano e fosse reeleita para o cargo.

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