Moradores dos predinhos da CDHU na zona sul de Marília estão divulgando protesto para esta 2.a feira 15, a partir das 9h, na Praça Saturnino de Brito, em frente à Prefeitura. Eles cobram posicionamento do município sobre determinação judicial para remoção e realocação das famílias que residem nos predinhos, que, segundo perícia, ameaçam desabar por causa de graves infiltrações e abalos estruturais.
Dia 18 de dezembro do ano passado a desembargadora Mônica Serrano, da 7.a Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de SP concedeu liminar em ação proposta pelo Ministério Público (MP) para a imediata remoção das famílias; ela também mandou que a prefeitura arque com as despesas, inclusive da nova acomodação dos moradores, pelo tempo que for necessário.
A prefeitura foi comunicada da decisão no dia seguinte, em audiência que contou também com a presença dos moradores, de representantes da CDHU, do MP e da Defensoria Pública. Como ainda não foi tomada nenhuma providência, MP e Defensoria ingressaram com nova ação pedindo cobrança de multa de R$ 10 mil/dia em caso de descumprimento da ordem judicial; a decisão ainda não saiu.
Quando esteve em Marília no final do ano, o governador Tarcísio de Freitas comentou a situação dos predinhos e afiançou que a responsabilidade não é do Governo do Estado, mas que ajudará na construção de novas moradias para acolher as famílias. Os predinhos foram entregues há pelo menos 25 anos e, daí em diante, a responsabilidade pela manutenção dos mesmos passou a ser dos condôminos, frisou Tarcísio.
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