Concessão do esgoto: enquanto situação segue analisando projeto, prefeita ganha tempo para conseguir votos

Markinho Souza diz que só vota o projeto depois que não tiver mais dúvidas (FOTO: Reprodução/TV Câmara)

De novo, o projeto de concessão do esgoto para a iniciativa privada não foi votado em Bauru na sessão da Câmara na 2.a feira 11. Com prazo em aberto para continuar analisando o projeto e “novas informações” sobre o equilíbrio financeiro do DAE-Departamento de Água e Esgoto após a concessão, o vereador governista Markinho Souza alegou que ainda faltava aprofundar mais na questão antes de liberar a votação.

Para Coronel Meira, prefeita Suéllen segura votação para conseguir votos e não correr risco de ser derrotada em plenário (FOTO: Reprodução)

Ele apresentou parecer do economista Vinicius dos Santos, da assessoria financeira da Câmara, com divergências sobre a manutenção do DAE após a rede coletora de esgoto passar para a concessionária. “Quero entender melhor isso, porque esta é a principal dúvida: como vão ficar as finanças do DAE e o que ele precisa fazer para manter o equilíbrio financeiro”, afirmou, dizendo que não votará “nem sim nem não enquanto tiver dúvida”. Houve protesto da oposição, que se debruçou sobre o projeto desde a chegada dele à Casa em junho/23 e estranha os governistas estarem com dúvidas somente agora.

Vereador Coronel Meira afirmou da tribuna que esta é uma manobra do governo Suéllen Rosim para ganhar tempo até ter convicção dos votos necessários para não correr o risco de ver o projeto ser rejeitado na Câmara. Houve troca de farpas também entre a vereadora Chiara Ranieri e Markinho pelo mesmo motivo; relator da comissão de Meio Ambiente e autor de 53 questionamentos à prefeita sobre a concessão do esgoto, vereador Eduardo Borgo voltou a pedir que o projeto seja colocado em votação.

Como a legislação eleitoral proíbe qualquer tipo de benefício, como reajuste salarial, 6 meses antes das eleições de 6 de outubro, o prazo limite para os vereadores votarem projetos que estão travados na pauta da Câmara, como a regulamentação do piso do magistério municipal e o aumento salarial dos servidores, vence no dia 25. Até lá são mais duas sessões legislativas (18 e 25), motivo pelo qual a pressão dos servidores está aumentando dia a dia.

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