Após 8 anos de dois governos, Rafael Agostini entregou quatro obras de maneira deprimente, ‘quase’ sozinho, ladeado somente por um ou outro integrante da Administração. Seria exagero falar em inauguração, tamanho ostracismo revelado pelas próprias fotos oficiais postadas no site da Prefeitura. As obras tiveram placas descerradas nos dois últimos dias da gestão Rafael.
A creche ‘Margarida Fiume’, na Chácara Nunes, obra de R$ 1,3 milhão feita em parceria do Município com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e o polêmico Cemitério Parque das Flores, no Jd. Bela Vista, foram entregues na 4ª feira (30/12); na tarde da 5ª, último dia do ano e após passagem simbólica da chave da cidade ao novo prefeito Ivan Cassaro, Rafael deu por entregue a remodelação do Lago do Silvério, que levou longos 8 anos e consumiu dezenas de milhões de reais, e o insignificante boulevard em 200 metros da Rua Major Prado.
Essa última obra, segundo nota publicada pela Prefeitura, “tem como função a circulação e permanência de pedestres”. Nas palavras do ex-prefeito, trata-se de “belíssima obra de equipamento público (…) que há muito tempo era bastante requisitado pelos comerciantes”. A placa de inauguração foi inicialmente fincada em suporte de concreto armado em frente a uma ótica na esquina da Major com a Rua Amaral Gurgel e removida no dia seguinte, após protesto dos comerciantes ao HORAH.
A mais deprimente das ‘inaugurações’ de Rafael foi a do Lago do Silvério, obra do lendário prefeito Waldemar Bauab, que, agora, ganhou estruturas para macrodrenagem – que, na prática, ainda não mostraram a propagada eficácia. Só Rafael e o então secretário de Governo Carlos Augusto Moretto estiveram presentes e posaram para a foto oficial. O entorno do Lago (que já teve pedalinhos, peixes e um projeto de anfiteatro nunca executado) ganhou agora brinquedos infantis, academia ao lar livre e nova calçada – a mureta de balaústras foi removida.
No cemitério Parque das Flores, Rafael esteve acompanhado do então vereador e líder Lucas Flores (de quem foi padrinho de casamento) e do ex-coordenador do cemitério Ana Rosa, Emerson Mamutte. O local foi adquirido no 1º ano do primeiro mandato de Rafael por R$ 8 milhões (valor muito questionado à época), recebeu investimentos de R$ 2,5 milhões ao longo das duas gestões e ganhou centro administrativo, salas velatórias e 582 jazigos (tem capacidade para mais de 8 mil, além de espaço reservado para 756 jazigos para animais).
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