Com a anulação da terceira reunião da CP-Comissão Processante contra a prefeita de Bauru Suéllen Rosim, integrantes da investigação fizeram a quarta reunião e novamente decidiram manter as apurações sobre supostas irregularidades na desapropriação de 16 imóveis para a Secretaria da Educação, em 2021. Os atos anteriores foram anulados a pedido da defesa da prefeita, alegando que ela não havia sido oficialmente notificada. Diante disso, a CP promoveu a releitura da peça de defesa de Suéllen, com 167 páginas, e votou novamente pela continuidade das investigações.
O clima foi tenso na reunião desta semana, especialmente entre a presidente da CP, vereadora Chiara Ranieri, e o procurador-jurídico da prefeitura, que insistia em pedir a palavra o tempo todo. A releitura da defesa e votação da sequência dos trabalhos levaram cerca de 2 horas. A CP começou em 24/6 e tem 90 dias para concluir as apurações e apresentar relatório para votação no plenário da Câmara.
A base da Processante, que tem por finalidade a cassação do mandato da prefeitura, é o relatório da CEI-Comissão Especial de Inquérito que também investigou a desapropriação dos imóveis. Eles custaram cerca de R$ 35 milhões à prefeitura. O relatório da CEI sinalizou para supostos crimes de responsabilidade da prefeitura Suéllen, falsidade ideológica e de emprego irregular de recursos públicos, mas foi rejeitado no plenário da Câmara por 9 votos a 7 — ou seja, a base aliada à prefeita funcionou em defesa dela.
Com a sequência dos trabalhos da CP definida na última reunião, agora os integrantes da comissão vão determinar as testemunhas que serão chamadas para prestar esclarecimentos. Só depois de realizadas as oitivas é que Suéllen será convocada para depôr.
HORAH – VOCÊ SABE DAS COISAS
