Criado justamente para prevenir e combater o suicídio, o Setembro Amarelo está em andamento em Marília e mesmo assim os casos de morte continuam sendo registrados. Profissionais da Saúde Mental estão em alerta após três suicídios ocorridos na cidade nos primeiros dias deste mês: um homem de 40 anos no Parque das Vivendas, zona oeste, no dia 4; outro homem de 37 aos no núcleo Jânio Quadros, zona norte, dia 8; e mais um homem, 36 anos, no Maracá, também zona norte.
De 2021 para 2022 a cidade contabilizou aumento de 17,4% no número de suicídios, chegando a 27 e ultrapassando o índice nacional, que foi de 11,8%. Especialistas atribuem esse crescimento aos efeitos da pandeia da Covid-19, que afetaram a saúde mental das pessoas — elas ficaram mais ansiosas, solitárias e se sentindo impotentes diante de tantas mortes causadas pela doença. Daí a importância cada vez maior das campanhas preventivas e dos mecanismos de acolhimento e assistência.
Em Marília, o mês inteiro está dedicado à campanha Setembro Amarelo com palestras, rodas de conversas e atendimento psicológico gratuito. O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio foi comemorado no último dia 10, mas as ações continuam sendo desenvolvidas pela Secretaria da Saúde. Segundo a enfermeira Camila de Andrade Alcalde, responsável pela equipe de Saúde Mental, “o desafio é permanente” e várias novidades foram lançadas neste ano.
São protocolos de promoção do acolhimento, recebimento e detecção de pacientes que necessitam de apoio, sejam eles infantis, adultos ou idosos. Todas as unidades de saúde estão preparadas para esse trabalho e de portas abertas para quem precisar. Isso inclui ainda o Caps Com-Viver (telefone 3451-4028), o Caps AD (Álcool e Drogas) (3433-8606) e o Capis Infantil Catavento (3451-1660), além dos voluntários do Grupo de Prevenção ao Suicídio (9-8173-8246) e do CVV (188).
(c/ informações Secretaria Municipal da Saúde de Marília/jornalista Marcelo Moryama)
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