Audiência com o secretário estadual da Saúde Eleuses Paiva na 4.a feira 3, em SP, serviu para mostrar que houve erro no repasse das verbas de janeiro para o Hospital Tereza Perlatti de Jaú, especializado em saúde mental, o que afetou também as finanças de fevereiro e março. A crise financeira foi tamanha, que a direção da instituição divulgou ofício às autoridades municipais e estaduais informando que estavam em risco os empregos de ao menos 100 funcionários, além da manutenção de 120 leitos e alguns serviços.
“Foi preciso essa reunião em São Paulo para que essa informação fosse aceita (na Secretaria da Saúde). Mas o secretário e a equipe dele detectaram o problema e ele assumiu o compromisso de fazer o ressarcimento dos valores no máximo em sete a 15 dias”, informou Toninho Rossi, presidente da associação beneficente mantenedora do Perlatti em Jaú, hospital que presta atendimento a pacientes de aproximadamente 70 municípios, seja para crises psiquiátricas e de esquizofrenia, seja para dependentes químicos.
Segundo Toninho, que falou com exclusividade ao HORAH, “houve um erro de processamento nos procedimentos de janeiro” do Perlatti, “nesse momento de transição para o programa SUS Paulista”. Resultado: “ao invés de recebermos o que estava previsto, em torno de R$ 330 mil, recebemos só R$ 37 mil” de recursos do SUS repassados pelo Estado em janeiro. O impacto financeiro na instituição foi imediato e acendeu o sinal de alerta para o equilíbrio financeiro futuro.
“Nós temos uma subvenção para os hospitais psiquiátricos que vem desde 2017, e que seria retirada com o SUS Paulista, o que causaria um prejuízo enorme. Mas o secretário disse que está revendo isso e deverá manter”, informou Toninho. Sobre o futuro, Eleuses Paiva falou que após o ressarcimento dos valores não pagos em janeiro, fará nova reunião com a diretoria do Perlatti para “discutir o equilíbrio financeiro daí em diante; inclusive devemos apresentar todos os nossos custos para uma análise detalhada”, disse Toninho.
Outra boa notícia veio do prefeito Jorge Ivan Cassaro. “O hospital trata a crise, mas quando o paciente recebe alta, precisa de acompanhamento, e Jaú não tem o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), não tem assistência terapêutica. Então o prefeito nos convidou para discutir a instalação do CAPS e prestar esse serviço em Jaú”, comentou o presidente do Perlatti. Obviamente que o serviço será remunerado e ajudará na manutenção da estrutura do hospital.
Além de Toninho e diretores do Perlatti, participaram da audiência com o secretário estadual da Saúde o prefeito de Jaú, os vereadores Bill Luchesi e Chico Quevedo, e a deputada Andréa Werner (PSB). “Inclusive ela deverá nos visitar no dia 18 para conhecer o hospital e os serviços que nós oferecemos em Jaú”, finalizou Toninho.
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