Suspeita de negligência na morte de bebê: vereadora quer investigar atendimento na Santa Casa de Pederneiras

Vereadora Ângela Vermelho cobra transparência da Santa Casa de Pederneiras (FOTO: Redes Sociais)

A vereadora Ângela Vermelho (MDB) deve propor uma investigação da Câmara Municipal de Pederneiras sobre o atendimento dado pela Santa Casa da cidade à bebê Elina, de 5 meses, que foi sepultada no domingo 24/3 e a família diz ter sido vítima de negligência. “Minha menina morreu por negligência médica”, afirma, convicto, o pai Dawis Bueno, que se revoltou ao assistir entrevista onde a diretora do hospital, Adriana Leandrin, disse não acreditar nessa possibilidade.

“Nós não acreditamos em negligência, porque desde o momento que a criança entrou aqui, ela passou por todos os atendimentos e acompanhamentos”, garantiu Adriana. “Foi uma fatalidade, um momento muito triste, mas em todo momento teve acompanhamento da enfermagem, ela foi medicada. Então é complicada a palavra negligência, até que a gente possa esmiuçar melhor os fatos”. Adriana falou à TV Record.

Pai da bebê, Dawis Bueno afirma que houve negligência no atendimento; Adriana Leandrin, diretora da Santa Casa, nega (FOTOS: Redes Sociais e TV Record/Reprodução HoraH)

“Não foi assim que aconteceu”, rebateu o pai em live distribuída imediatamente nas redes sociais. “Minha filha foi deixada pelo SAMU no estacionamento do hospital. O caso era grave, ela tinha de ser deixada lá dentro”, explicou. Segundo Dawis, tinha só “um clínico geral” na Santa Casa quando a criança chegou, na 6.a feira 22, e ele sequer teria examinado a menina, “ouvido o coraçãozinho dela, o chiado no peito; aliás, ele disse que nem sabia o que fazer”.

A bebê ficou das 20h da 6.a feira até 9h da manhã do sábado 23 internada no Pronto Socorro da Santa Casa de Pederneiras, segundo o pai, sem que um pediatra tivesse passado por lá. “Não foi ninguém ver a minha filha. Quando o clínico geral viu que minha menina estava vomitando, falou que ia falar com o pediatra. Então ligou, mas o pediatra não veio”, acrescentou. Elina foi levada para Bauru, onde morreu 4 horas depois. O laudo indicou como causa da morte: “choque hipovolêmico (uma espécie de hemorragia), septicemia (infecção generalizada), hemorragia das vias respiratórias e pneumonia”.

“Vamos reunir os vereadores e discutir o que fazer, sim. Temos de ouvir o pai e também a Santa Casa, que recebe dinheiro público, dinheiro de impostos, da população. Sabemos que tem médicos que ficam de plantão à distância, inclusive pediatra, e quando necessário vão ao hospital, mas o pai afirma que o pediatra não chegou, então temos de investigar o que aconteceu”, declarou a vereadora Ângela ao HORAH. Ela também confirmou que são muitas as reclamações de que falta transparência na prestação de informações sobre a gestão da Santa Casa de Pederneiras.

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