Fundação contratada para revisar Plano de Cargos de servidores não comparece a Reunião Pública na Câmara

Estela Almagro, uma das vítimas da espionagem do hacker (FOTO: Reprodução/TV Câmara)

Contratada pela Prefeitura de Bauru para fazer os estudos para a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores municipais não comparece a Reunião Pública realizada nesta semana, na Câmara Municipal. Apesar de convidada, a Fundação para o Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa do Direito (Fadep) sequer enviou representante. Agora, a presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da câmara, vereadora Estela Almagro, está solicitando que a prefeita Suéllen Rosim agenda audiência no Palácio das Cerejeiras com presença da Fadep para esclarecer porque os serviços estão travados.

“Nós tínhamos um contrato de seis meses, que já está prorrogado em dois anos, portando quatro vezes o prazo inicial da contratação da emprtesa, e cuja finalização ainda não se avizinha”, disse Estela ao cobrar a presença da Fadep. O PCCS mexe diretamente com a vida profissional de 100 servidores da câmara e algo em torno de 7.000 na prefeitura. As categorias profissionais do funcionalismo estão perdidas por falta de informações. “Nós estamos como todo mundo: protocolamos as sugestões e não tivemos mais notícia nenhuma, nada”, declarou Ana Maria Baraviera, diretora de escola integrante da comissão de educação.

Advogado do Sinserm, advogado José Francisco Martins (FOTO: Reprodução)
Câmara ficou repleta de representantes das diversas categorias do funcionalismo, mas ninguém da Fadep compareceu (FOTO: Reprodução)

Advogado do Sinserm, sindicato dos servidores municipais, José Francisco Martins disse que há “uma série de reivindicações, de alterações, de categorias, de pisos (salariais estabelecidos por leis federais) que vão impactar na mudança dos planos de cargos, carreiras e salários, que o governo não resolve”. A contratação da Fadep, segundo ele, foi “uma saída mágica” arrumada pela prefeitura para fazer tudo em 18 meses, mas que empacou.

O serviço começou dia 23 de janeiro com prazo inicial de 180 dias. O contrato firmado com a Fadep prevê pagamento de valor total de R$ 1,460 milhão em quatro etapas, conforme a entrega de cada fase dos estudos. Na Reunião Pública desta semana, o secretário da Administração Cristiano Zamboni informou que havia recebido naquele dia a 2.a etapa do trabalho, mas que não havia tido tempo de analisa-lo. Para o advogado do Sinserm, essa etapa só foi encaminhada por causa da reunião na câmara, porque estava atrasada há meses.

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