
A semana passada foi marcada pela visita a Marília do secretário da Saúde Eleuses Paiva, intensamente disputado pelos grupos políticos dos deputados Vinicius Camarinha e Dani Alonso, filha do prefeito Daniel Alonso. O foco devia ser a nova regionalização da saúde, que reuniu representantes de mais de 60 municípios da região em Marília, mas acabou voltado para a influência política de cada um dos deputados. Por fim, o que todo mundo queria saber mesmo era sobre a lista tríplice levada ao governador Tarcísio de Freitas para substituir a atual superintendente do complexo HCFamema, Paloma Libanio.
“Não tenho conhecimento dessa lista”, desconversou Eleuses quando questionado sobre o assunto. Ao lado de Paloma e na companhia do deputado Vinícius em visita às obras de R$ 100 milhões do novo Hospital da Criança e da Mulher, anexo ao Hospital das Clínicas (HC), o secretário ainda disse que na visão dele o complexo tem “uma administração boa, que tem respondido adequadamente às demandas que o Estado tem pedido”. E arrematou: “Não tenho nenhuma queixa a fazer em relação à gestão do hospital”. Um balde de água gelada em quem esperava que falasse sobre a troca da superintendente.

Nesse momento, a deputada Dani já tinha participado do evento sobre a regionalização da saúde e retornava para São Paulo. Foi ela quem apontou “irregularidades” na permanência de Paloma no comando do HCFamema e forçou a indicação da lista tríplice ao governador para substituí-la. Os nomes definidos pelo Conselho Deliberativo do complexo são dos médicos Tarcísio Machado, Geraldo Stéfano e Ludvig Hafner. “Deve estar com o governador”, simplificou Eleuses, para por fim à insistência dos jornalistas sobre a lista e seguir na vistoria às obras do novo hospital, que será fisicamente maior que o próprio HC.
Dani abordou as tais “irregularidades” logo no primeiro discurso na Assembleia Legislativa após a posse, em março, alegando que Paloma foi empossada em novembro de 2016 e para continuar após quatro anos deveria ter sido reconduzida com base na legislação pertinente, o que não teria ocorrido. Ao contrário disso, a superintendente afirma estar “totalmente regular”, nega haver mandato pré-estabelecido e que a nomeação ou exoneração cabe exclusivamente ao governador do estado. Ela conta com o apoio político do deputado Vinicius. Após tudo isso, permanece a dúvida sobre quem ganhará as atenções do governador nessa queda-de-braço: Dani ou Vinicius?

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