A quantidade de suicídios assusta autoridades da área da saúde e população em Marília. Na noite da 4.a feira (7), homem de 50 anos se enforcou no Jd. Monte Castelo, bairro da Zona Sul, usando um cinto preso à janela da casa. O corpo foi avistado por uma vizinha, que acionou a polícia e o SAMU; a Polícia Científica também compareceu para colher evidências que vão compor laudo sobre o suicídio.
Este é o quinto suicídio registrado nos últimos 20 dias; levantamento indica que os últimos quatro ocorreram em apenas 10 dias. Ano passado a cidade contabilizou nada mais nada menos do que 23 suicídios, mesmo número de 2020. Historicamente, mais homens do que mulheres tiram a própria vida em Marília; a faixa etária predominante das vítimas vai dos 20 aos 29 anos.
Estudos indicam que para cada suicídio consumado, ocorrem, em média, 25 tentativas. Trata-se portanto de um problema de saúde pública que demanda pesquisa, acompanhamento, aconselhamento e suporte. Recentemente, relatório de reunião do Conselho Municipal de Saúde (Comus) apontou necessidade de se tomar providências urgentes para melhor o serviço de saúde mental oferecido à população de Marília. E recomendou a contratação de mais profissionais para as áreas de psiquiatria, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem e outras.
São vários os serviços oferecidos atualmente, de 2.a a 6.a feira, das 7h às 17h, para atendimento sem agendamento — conforme ordem de procura: CAPS Maria Izabel, Esplanada e Centro; AME da Unimar; ASM da Famema; Policlínica da Zona Oeste; PS do HC; e 54 unidades de saúde nos bairros. Além disso, a cidade conta também com o Grupo de Prevenção ao Suicídio e CVV com atendimento nacional pelo telefone 188, onde é possível dialogar sem necessidade de se identificar.
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