DRS BAURU MANDOU SÓ 40 AMPOLAS DE REMÉDIO QUE HOSPITAL DE LENÇÓIS PAULISTA (Foto: Reprodução) USA 320 POR DIA; veja situação em São Carlos e Jaú
Sentença assinada pela juíza Marina Freire, de Bauru, acolheu solicitação da Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra, de Lençóis Paulista, e mandou o governo do estado fornecer “materiais imprescindíveis” do kit intubação para hospital da cidade em 4 horas após intimação ou transferir pacientes da UTI para Covid-19 em até 8 horas, sob pena de multa de R$ 3 milhões. A decisão saiu na noite do domingo (28), após Ação Civil Pública com pedido de liminar “com urgência” proposta pelo Ministério Público (MP).
Lençóis vive desde a 6.a feira (26) situação crítica com os pacientes de Covid na UTI do único hospital credenciado da cidade: faltam sedativos e relaxantes musculares usados na intubação. Solicitação feita ao DRS de Bauru resultou no envio de apenas 40 ampolas de um medicamento que o hospital usa 320 por dia. Indignado, o prefeito da cidade mandou outro ofício ao DRS para transferir os 20 pacientes da UTI para outras unidades hospitalares e levou o MP a se posicionar, também.
“Não há mais que se esperar solução no âmbito administrativo, pois sequer os medicamentos para intubação foram fornecidos ao município”, diz a promotora Débora Dutra na ação. “Infelizmente a Administração Pública se mostrou pífia e incapacitada de gerenciar um momento tão conturbado”, escreveu a juíza Marina Freire. A saída encontrada pela sociedade é “socorrer-se no Poder Judiciário”, acrescentou, para, enfim, deferir a liminar.
OUTRAS – Também no domingo a diretoria da Santa Casa de São Carlos emitiu nota informando que não dispõe mais de kit intubação para seus pacientes e pediu transferência dos mesmos. No caso, seriam 60 pessoas que, segundo o hospital, devem ser transferidas “com urgência”. Em Jaú, o provedor da Santa Casa local, Alcides Bernardi Jr, informou que “tem remédios pra uma semana, apenas” e também aguarda o envio de maior quantidade pelo governo do estado. Desde o dia 19 que o governo requisitou esses medicamentos aos laboratórios e depois distribui para os hospitais, que não fazem mais a compra direta como antes.
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