Mateus vê motivação eleitoral na CP e lança dúvidas sobre envolvimento dele na Operação Terra Roxa

Mateus comentou o arquivamento da CP e abordou investigações da Operação Terra Roxa em entrevista exclusiva para o HORAH Jaú (FOTO: Reprodução/HoraH)

Entrevistado ao vivo pelo HORAH Jaú desta 4.a feira 16, o vereador reeleito Mateus Turini falou abertamente sobre o arquivamento da representação que levou à Comissão Processante (CP) que pretendia cassar o mandato dele e de outros dois parlamentares, e lançou dúvidas inclusive sobre o envolvimento do nome dele na Operação Terra Roxa, de 5/7. No primeiro caso, acredita que a CP teve motivação unicamente eleitoreira; sobre as investigações, a ordem dos fatos aponta para uma possível retaliação pelo comportamento dele na Câmara.

“A sequência cronológica é: uma denúncia do Neto Leonelli (secretário do Planejamento Urbanístico) contra um grupo econômico da cidade, por conta de loteamentos, que não tem nenhum vínculo comigo. No meio do procedimento, grampeiam os empresários e todos os vereadores que foram citados acabam sendo envolvidos. Foi assim comigo, com o Tito Coló, o Fábio de Souza, o Luizinho Andretto, o Fernando Toledo, o José Carlos Borgo, o Luiz Henrique Chupeta e o Rodrigo de Paula (que deixou a Câmara e assumiu uma secretaria municipal)” – comenta.

“Até a página 9.400 eu sou ‘malemá’ citado. Dia 27 de maio eu denuncio as irregularidades nos contratos da Saúde e no dia 10 de junho aparece um relatório em que eu sou tratado igual às outras pessoas que tinham ligações diretas (com o grupo econômico)”, acrescenta Mateus. Admite-se que as investigações do Gaeco no âmbito da Terra Roxa tenham 12 mil páginas, ainda sem ter indiciado qualquer pessoa.

“Tenho total liberdade para pensar que há uma relação causal entre o denunciante e o trabalho que foi feito, com um recorte dos fatos para me envolver nisso”, pontuou o vereador, que alega inocência e tem discutido essa questão inclusive judicialmente, já em segunda instância – ele pede para voltar ao exercício do mandato, do qual foi suspenso após a Terra Roxa, mesma situação de Borgo e Chupeta; os demais investigados tiveram as funções preservadas.

Especificamente sobre a CP, Mateus entende que foi uma manobra com exclusiva finalidade eleitoreira, visto que a representação partiu de um aliado político do prefeito Ivan Cassaro, o coronel da reserva da PM Airton Troíjo. Assim mesmo, Mateus foi reeleito, bem como outros vereadores investigados, como Tito Coló (o mais votado em 6/10), Fábio de Souza e Fernando Toledo. “O eleitor deu um recado para o Poder Judiciário ao escolher quatro desses vereadores para mais um mandato na Câmara. Juntos, nós fizemos mais de 5.800 votos, o que é muito expressivo”, finalizou.

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