Durante buscas em área rural próxima de Bauru, às margens da rodovia de ligação com a cidade de Arealva, a Polícia Civil encontrou fragmentos de ossos humanos que foram encaminhados para o IML e, agora, seguirão para o Núcleo de Biologia de SP, onde serão confrontados com material genético achado na Spin branca que era dirigida por Claudia Rocha Lobo. A filha da secretária-executiva da APAE também forneceu amostras de DNA para essa confrontação, que poderá atestar se os fragmentos ósseos pertencem à mãe dela.
Outra novidade nas buscas por Claudia: os óculos que eram usados por ela foram encontrados no mesmo local onde estavam os fragmentos ósseos, e foram reconhecidos por parentes dela. As informações foram divulgadas nesta 4.a feira 21 pela polícia de Bauru, que investiga o desaparecimento de Claudia e já prendeu temporariamente o então presidente da APAE, Roberto Franceschetti Filho, principal suspeito de envolvimento no possível homicídio qualificado e ocultação do cadáver dela. Ouvido na polícia essa semana, ele disse que é inocente.
Outro fato que pesa contra Roberto é o exame de balística que confirmou: a capsula deflagrada encontrada no banco traseiro da Spin foi disparada da pistola calibre 380 apreendida na casa dele, no dia em que foi preso, na 5.a feira 15. Registro de chamadas do celular dele também revelou que Roberto esteve na rodovia Bauru-Arealva no dia em que Claudia desapareceu; o mesmo foi confirmado em relação ao local onde o veículo foi encontrado no dia 7, na Vila Dutra. Ou seja: ele esteve com Claudia.
Como o Secoold, setor da polícia civil especializado em investigações criminais, abriu inquérito para apurar possível lavagem de dinheiro na APAE de Bauru, a entidade também instaurou sindicância interna para saber se foram cometidas irregularidades financeiras. A suspeita é de que Claudia tenha descoberto alguma movimentação estranha nesse sentido, e que pode ter sido morta como queima de arquivo. Tudo, entretanto, está em fase de apuração.
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