“Prefeito ficou até espantado”, diz sindicalista sobre reunião com servidores da Saúde

Reunião de servidores, sindicato, secretários e prefeito aconteceu na manhã desta 4.a feira (23) (FOTO: Sinfunpaem/Reprodução)

Com toda a pressão feita por meio de denúncias ao HORAH, divulgação de áudios de coordenadoras assediando moralmente funcionários e até uma Carta Aberta sobre perseguições, servidores da Saúde foram recebidos em audiência pelo prefeito Jorge Ivan Cassaro nesta 4.a feira (23). Eles estavam acompanhados do presidente do Sinfunpaem, o sindicato da categoria, Edenilson de Almeida, e do advogado sindical Ivo Manoel; participaram também a secretária da Saúde Ana Paula Rodrigues, o secretário de Governo Paulo Ivo e o vereador Tito Coló.

Nesta semana, servidores foram protestar na câmara: pedido de ‘socorro’ (FOTO: HoraH)

Em entrevista ao HORAH, Edenilson relatou que o resultado “foi até positivo, mas como estamos com a pulga atrás da orelha com o pessoal deste governo, pedimos para lavrar uma Ata para ter como cobrar depois o que foi conversado”. Chamou a atenção o fato de o prefeito demonstrar desconhecimento sobre transferências motivadas por perseguição dentro da secretaria. “Ele ficou até um pouco espantado com as situações que foram expostas pelos servidores”, disse Edenilson, e determinou que de agora em diante “as transferências ocorram de forma técnica, através de notificação para que o trabalhador possa se preparar e se tiver realmente necessidade, porque algumas estavam sendo feitas sem necessidade”.

A secretária teria admitido falta de funcionários no setor e o prefeito acenou com a abertura em breve de concurso público para a Saúde; férias e licenças-prêmio em atraso (e só concedidas a apaniguados da secretária, segundo denúncias) serão revistas e começarão a ser programadas, “desde que solicitadas com bastante antecedência”, diz publicação feita pelo sindicato; horas extras seguirão no limite estatutário de 120 por mês, “e só feitas mediante autorização da secretária”.

Quanto ao pagamento do novo piso nacional da enfermagem, o secretário Paulo Ivo informou que “o valor repassado pelo governo federal veio errado para menos, e que terá de ser reparado”, informou Edenilson, mas que o projeto de lei equiparando os salários atuais aos novos valores deverá ser enviado à câmara o quanto antes. Como a folha salarial de setembro já foi fechada, os servidores só receberão o piso em outubro, retroativo a maio — toda a diferença do que deixou de ser pago será quitada com recursos federais e contrapartida de valores do município.

HORAH – Informação é tudo