O 5º dia útil de maio não será de dinheiro na conta para todos os servidores municipais de Marília. Por causa da queda de receita na Prefeitura, os salários terão pagamento escalonado e deverão estar 100% quitados apenas no dia 20. A previsão é do secretário da Fazenda Levi Gomes, que confirmou ao HORAH que o caixa municipal tem somente R$ 8 milhões nesse momento – a folha mensal é de R$ 14 milhões.
Levi disse que o problema todo é causado pela pandemia de coronavírus e a quarentena que interrompeu atividades do comércio e de prestadores de serviços. Impostos e taxas municipais com vencimento nesse período foram adiados, além de ter havido queda no repasse de ICMS de mais de 30%. “É uma situação muito difícil, mas acreditamos que até dia 20 todos os servidores terão recebido seus salários”, avaliou o secretário.
INATIVOS – A mesma dificuldade recai sobre os aposentados e pensionistas do IPREMM, o instituto de previdência do município. Sem recursos para bancar toda a folha, o instituto depende todos os meses do socorro do Município – são ao menos R$ 6 milhões. Se neste mês o escalonamento dos pagamentos pode equacionar o problema, para os meses seguintes a preocupação é bem maior. “Estamos na expectativa da aprovação pelo Congresso dos recursos de apoio aos municípios. Para Marília, estão previstos R$ 24,2 milhões”, comentou Levi.
SOB CONTROLE – Prudente, o secretário e a equipe econômica do governo Daniel Alonso decidiram suspender obras com recursos próprios enquanto durar a pandemia. “Estamos mantendo somente serviços essenciais, como a coleta do lixo, manutenção da frota e outros”, explicou. Por isso, o atraso no pagamento aos fornecedores não tem ultrapassado os 30 dias. “Posso dizer que a situação está sob controle até agora, apesar de tudo o que está acontecendo, mas não dá para prever o futuro”, disse. Obras mantidas com recursos vinculados, como a do tratamento do esgoto, seguem normalmente na cidade.
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