Prefeitura exige trabalho em ponto facultativo, mas não paga horas extras, dizem servidores

Prefeitura de Jaú e todas as repartições públicas municipais vão emendar o feriado do Dia do Trabalhador com o fim de semana, exceção feita a determinados serviços (FOTO: Reprodução web)

A Prefeitura de Jaú está sendo acusada de não pagar as horas extras feitas principalmente pelos seguranças patrimoniais convocados para trabalhar na véspera do feriado de 15 de Novembro, quando se comemorou a Proclamação da República. Dia 14 foi decretado ponto facultativo, mas mesmo assim os seguranças foram “convocados e escalados” para o trabalho. Ocorre que as mesmas pessoas responsáveis pelas escalas fizeram também os apontamentos das horas extras, segundo nota divulgada no Facebook do Sinfunpaem, o sindicato dos funcionários públicos municipais.

Problema com holerites ocorre na primeira folha de pagamentos com o advogado Neto Leonelli à frente de Finanças (FOTO: Reprodução web)
No final do 2.o ano de governo, prefeito Ivan Cassaro ainda não conseguiu ajustar máquina administrativa (FOTO: Reprodução web)

HORAH começou a receber reclamações de servidores durante o jogo entre Brasil e Coréia do Sul pela Copa do Catar, na tarde da 2.a feira (5), quando finalmente os holerites foram disponibilizados, porque até então a categoria não tinha acesso a eles. “Fizemos hora extra para poder fazer um natal diferente, comprar um presente legal pros filhos e sacanearam desse jeito com a gente”, escreveu um servidor. Além dos seguranças patrimoniais, foram verificados problemas também na área da Saúde — se para os primeiros as horas extras do ponto facultativo de 14/11 foram ignoradas, para os outros o cálculo foi feito em cima do salário antes do reajuste de 10,8%, deixando o holerite com menos R$ 250 a R$ 400 para cada trabalhador, em média.

Outra mensagem do pessoal da Saúde diz: “(…) estão nos lesando nas horas extras, tirando de cada funcionário que fez horas extras nos meses de outubro e novembro, para receber em dezembro, a quantia de R$ 3 por hora, o que para alguns chega ao valor de R$ 360 descontados indevidamente”. Outro servidor informou que para reclamar “é preciso preencher uma folha de atendimento e entregar no RH” da Prefeitura, para conferência. Curiosamente, o problema surge no primeiro holerite sob responsabilidade da nova empresa de software da Prefeitura (que substituiu a anterior, que atuava há muitos anos) e com o novo quinto secretário de Finanças da gestão Ivan Cassaro, o advogado Neto Leonelli, que também acumula a secretaria de Projetos.

A postagem do Sinfunpaem diz que a questão “é uma falha imperdoável dos responsáveis por fazerem os apontamentos dos serviços prestados durante o mês”, que a indignação é geral e que a entidade está “protocolando ofício questionando a Secretaria de Governo sobre esta falha e pedindo urgência no pagamento das horas em questão”. A Associação Luta, que também defende as causas dos servidores em Jaú, manifestou-se dizendo que apura os fatos e cobra correção imediata dos problemas.

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