Propina: servidor aposentado e empresário viram réus em processo

Prefeitura de Bauru já recebe adesões para 2.a etapa do Refis (Foto: Divulgação)

Denúncia feita pelos promotores do GAECO foi aceita pela Justiça de Bauru, que tornou réus por suspeita de cobrança de propina o ex-servidor da Secretaria de Planejamento (Seplan) da prefeitura, Wagner Bertolucci, e o empresário do ramo da construção Élcio Luiz de Castro. Gravações telefônicas serviram de base para a denúncia, acatada pela Justiça no dia 20.

Tudo começou com o síndico de um prédio construído por Élcio, que o procurou para corrigir algumas irregularidades na obra e obter assim a liberação do ‘Habite-se’ na Seplan. Foi quando o empresário sugeriu que o síndico falasse com Wagner, para que ele “fizesse vista grossa” para as irregularidades. O custo seria em torno de R$ 5 mil.

O síndico gravou todos os contatos telefônicos que fez, avisou o Ministério Público (MP), seguiu na negociação do valor da propina e só pagou R$ 4 mil para confirmar a transação. Com base nas gravações, os promotores do GAECO obtiveram mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados, que finalmente foram denunciados à Justiça e terão de responder a processo criminal.

Nas gravações, o construtor Élcio dá “conselho de amigo” ao síndico do prédio com problemas no projeto, para quando fosse negociar com Wagner: “Tenta dar alguma coisinha pra ele pra morrer ai e acabar com isso de uma vez por todas”. Já o servidor da Seplan, hoje aposentado, fala abertamente em propina: “Seria R$ 5 mil. Liberando esse dinheiro eu libero o Habite-se em seguida. Eu não tenho como liberar se não tiver esse acerto aí. E se você for mexer no projeto vai ficar bem mais caro”.

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