Queda de braço – ENTIDADES APELAM AO PREFEITO E VÃO AO MP CONTRA FIM DA QUARENTENA

Comerciantes e empresariado defendem volta da atividade econômica, gradativamente; entidades são contrárias: Daniel terá de decidir (FOTO: Isto É Dinheiro/Reprodução)

6ª feira teve carreata de comerciantes e empresários defendendo retomada da atividade econômica

HORAH apurou que a decisão do comitê de crise de Marília de voltar a funcionar gradativamente o comércio, igrejas e o transporte público a partir da 4ª feira (1º/4), enfrentará uma verdadeira batalha para ser efetivada. Diversas entidades já recorreram ao Ministério Público da Saúde para “impedir que tal iniciativa seja consumada”, sem falar em manifestações oficiais ao prefeito Daniel Alonso de outras tantas, incluindo Famema, Defensoria Pública e OAB. A volta da rotina econômica teve apoio de entidades como a Associação Comercial e carreata de prestadores de serviços, empresários e empreendedores na 6ª feira (27).

Comitê nomeado por Daniel deliberou na 6.a feira pela volta gradativa da atividade econômica, mas posicionamentos contrários já são muitos (FOTO: Divulgação PMM)

OAB – Com data deste domingo (29), a presidência da OAB Marília pede respeito ao decreto estadual 64.881, do dia 22, que impôs quarentena até dia 7; medidas urgentes para suprir as necessidades da saúde, inclusive com a compra de mais respiradores pulmonares; fornecimento de cestas básicas a famílias necessitadas; isenção da tarifa da água e do pagamento do IPTU por 90 dias; suspensão do pagamento de fornecedores para custear as medidas emergenciais; e manutenção do isolamento social. Documento leva assinatura do presidente Marlúcio Trindade.

Carreata de comerciantes, empresários e prestadores de serviços promoveu buzinaço pelo fim da quarentena, 6.a feira, em frente à Prefeitura (FOTO: Edio Jr/Reprodução)

FAMEMA – Defensoria Pública Regional de Marília também elaborou documento neste domingo recomendando atenção às orientações das autoridades estaduais e nacionais, continuidade da quarentena e suspensão das atividades comerciais no momento. Assinam o documento Bruno Baghim, coordenador regional da Defensoria Pública, e o auxiliar Flávio Pontinha. Já a Faculdade de Medicina de Marília (Famema) emitiu manifesto público de apoio à Organização Mundial da Saúde (OMS) e, dirigindo-se a Daniel, pede “a manutenção do isolamento social” e ‘clama’ pela ‘reavaliação e reconsideração’ da decisão da 6ª feira “pelo afrouxamento do isolamento”.

Terminal Urbano, que fechou inicialmente, voltou a receber somente ônibus para transporte de funcionários da Saúde e de serviços essenciais e, pela decisão da 6.a feira, voltaria a funcionar no dia 1.o, com 50% da capacidade: deliberação deve ser revista (FOTO: HoraH)

‘PRECIPITAÇÃO’ – Entidades da sociedade civil organizada, em carta ao promotor Isauro Pigozzi Filho, do MP da Saúde, posicionam-se contra a reabertura do comércio, igrejas e volta do transporte público, mesmo com apenas 50% da capacidade, como deliberado pelo comitê de crise, e intitula a medida como “precipitada, perigosa e ilegal”. A carta diz que flexibilizar a quarentena cabe somente ao governador do Estado, não ao prefeito; afirma que as entidades são motivadas somente pela “defesa da vida”; pedem providências do MP e afirmam que “atitudes motivadas por interesse econômico colocam as pessoas em risco”.

NOVA REUNIÃO – Daniel disse ao HORAH que reunirá membros do comitê de contingenciamento do coronavírus nesta 2ª feira (30) e que submeterá deliberações ao Jurídico, antes de finalizar qualquer novo decreto sobre a quarentena. Além dos apelos contra a flexibilização das medidas antes do dia 7, Daniel ainda deve levar em conta decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, de sábado (28), que proibiu sequência da campanha O Brasil Não Pode Parar, sob pena de multa de R$ 100 mil por infração, e questionamento da Frente Nacional dos Prefeitos ao presidente Bolsonaro, que tem defendido a volta da atividade econômica no País.

HORAH – Informação e Prestação de Serviço