Racha no PSDB – VEREADOR PEDE PARA PF INVESTIGAR FRAUDE NA DESFILIAÇÃO DELE

Nascimento, quando protocolou representação na PF para investigar possível fraude na desfiliação dele (FOTO: Divulgação)

ENTENDA O QUE ESTÁ ACONTECENDO ENTRE OS TUCANOS DE MARÍLIA

A delegacia da Polícia Federal (PF) de Marília pode instaurar inquérito civil para investigar possível crime de fraude na desfiliação do vereador Eduardo Nascimento do PSDB local. Pedido foi protocolado 6ª feira (4) pelo vereador e o presidente do partido, Matheus Panssonato. Eles questionam inclusive a possibilidade de ter havido falsificação de documento público para desfiliar Nascimento em 3/1.

O pedido foi justificado pela necessidade de “descobrir quem acessou o sistema de filiação e desfiliação partidária” do TSE para desligar o vereador e, assim, poder pleitear a vaga dele na Câmara. Os ex-vereadores e atuais suplentes Delegado Damasceno e Albuquerque já o fizeram junto ao TRE, que negou alegando legitimidade do questionamento somente depois do 30º dia da desfiliação.

O pedido de investigação levado à PF de Marília (FOTO: Reprodução)

O episódio escancara um racha no PSDB de Marília: de um lado o prefeito Daniel Alonso e seus aliados e, de outro, Nascimento e Panssonato. Em ação de justificação de desfiliação partidária e perda de mandato movida pelo PSDB contra o vereador, é observado que ele “se desentendeu com o prefeito no final de 2021 e, de lá pra cá, manifestou publicamente sua vontade de deixar” o partido, “tanto que protocolou pedido junto ao presidente” do diretório.

De fato, em documento datado de 19/8 do ano passado Nascimento alegou “discriminação pessoal” de parte da diretoria partidária, disse se sentir “constrangido em participar das atividades partidárias” e informou o “desconforto de permanecer nas fileiras do PSDB”. O documento foi recebido por Panssonato no dia seguinte, como uma espécie de consulta ao presidente do partido. Justamente por isso os ofendidos pela desfiliação alegam que ela só poderia ser efetivada mediante comunicação escrita à Executiva Municipal ou ao juiz eleitoral, o que não teria sido feito.

Na ação de perda de mandato, o partido alegou que “a Executiva se reuniu e de forma colegiada afastou a tese da justa causa” no pedido de desligamento partidário que Nascimento mandou a Panssonato e “procedeu junto ao sistema filiaweb sua desfiliação em 3 de janeiro”. Sem justa causa, a vaga do vereador volta para o partido e é destinada ao suplente, o que Nascimento tenta evitar. Segundo a reportagem apurou nessa confusão toda, a Executiva também denunciou Panssonato à Comissão de Ética partidária.

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