Recuo – ATÉ DIA 23, CIDADE SE MANTÉM NA ‘FASE 2’

Daniel, de preto, anunciou as medidas nesta 3.a feira à tarde, ao lado do secretário Cassinho, da Saúde, e representantes das vigilâncias Sanitária e Epidemiológica (FOTO: Divulgação PMM)

Estabelecimentos que atendiam presencialmente, voltam ao delivery; igrejas não abrem

Ao menos até a próxima 3ª feira (23), quando os números da pandemia do coronavírus serão submetidos a nova avaliação, Marília seguirá dentro das regras da Fase 2 do Plano SP do Governo do Estado. Significa que o comércio, shoppings e galerias, imobiliárias, concessionárias de veículos e escritórios seguirão abertos com restrições; salões de beleza, barbearias e academias não podem funcionar; bares e restaurantes ficam proibidos de fazer atendimento presencial, podendo trabalhar nos sistemas drive-thru e delivery.

O anúncio do recuo na flexibilização da economia local foi feito pelo prefeito Daniel Alonso, após se reunir com representantes da Saúde e Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica. Ele comparou a situação a dirigir um veículo. “Quando a estrada está limpa e segura, você acelera; quando tem curvas e buracos, você reduz a velocidade”, disse, afirmando que “é preciso coragem para abrir (estabelecimentos) e é preciso coragem, com tristeza, quando tem que fechar”.

Houve questionamento sobre as igrejas, visto que Daniel chegou a anunciar que as liberaria para serviços religiosos presenciais, após discutir protocolos com representantes das mesmas na cidade. O secretário da Saúde Cássio Pinto Jr, o Cassinho, reforçou o que o prefeito já havia dito: as igrejas podem funcionar e acolher os fiéis individualmente, mas sem celebrações presenciais para evitar aglomerações.

DECISÃO JUDICIAL – Recente vitória da Prefeitura no Tribunal de Justiça (TJ), que concedeu liminar em Mandado de Segurança dando autonomia ao prefeito para decidir sobre a quarentena em Marília, pouco acrescentou. Como já adiantou HORAH em reportagem anterior, a decisão mandou calcular os índices da pandemia do coronavírus na tabela do Estado. E por ela, com os indicadores dos últimos 14 dias, a cidade não consegue ir além da Fase 2, mais restritiva do que estava anteriormente, por determinação do próprio prefeito.

“Quando decidimos nos colocar na fase Verde (equivalente à 4, na tabela do Estado), nossos números eram condizentes: tínhamos estabilidade dos casos positivos de Covid-19, há mais de 60 dias não registrávamos óbito e a ocupação de leitos de UTI era de apenas 6%”, justificou Daniel. “Hoje, essa ocupação é de 20% a 30%, bem menos do que outras cidades, mas nos últimos dias houve uma evolução de casos e de óbitos, que impede Marília de ir além dessa fase”.

HORAH – Você bem informado