Reforma do AERO é anunciada após denúncia do HORAH e ‘puxão de orelhas’ do TCE

Projeto do 'complexo do AERO' mostrado em vídeo: encaminhado para licitação (FOTO: Reprodução/Secom)

Feito na 5.a feira (27) pelo secretário de Projetos Urbanísticos Neto Leonelli, o anúncio da reforma do AERO Clube de Jaú aconteceu um ano e cinco dias após denúncia do abandono do prédio público pelo HORAH, o que levou a um ‘puxão de orelhas’ do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com base na matéria jornalística, o vereador José Carlos Borgo fez requerimento na Câmara perguntando à Prefeitura se havia “possibilidade, URGENTE, da revitalização do AERO” e comunicou o TCE.

Após ser invadido e saqueado, AERO foi também destruído internamente: marcas do relaxo do governo Jorge Cassaro (FOTO: HoraH)
A destruição foi tanta que nem o teto do clube resistiu (FOTO: HoraH)

“Despacho do conselheiro Robson Marinho à Unidade Regional do Tribunal em Bauru mandou constar nas contas de 2022 da atual administração o abandono desse patrimônio público”, informou Borgo ao HORAH em reportagem divulgada em 28 de julho do ano passado. Uma fiscalização de técnicos da Corte também fora determinada naquela ocasião, tamanho o relaxo da administração Jorge Cassaro com o AERO, símbolo artístico e cultural de gerações na cidade de Jaú.

Reintegrado ao patrimônio público em 8 de março de 2018 após intensa disputa judicial que durou 16 anos, o AERO foi utilizado até o final da administração passada; no governo Jorge, abrigou uma atividade da Educação logo no início da gestão, e foi esquecido daí em diante, sendo totalmente abandonado após a enchente de 30 de janeiro de 2022. Invadido, saqueado e destruído por vândalos, o prédio ficou literalmente em ruínas pela falta de manutenção, até que essa situação fosse denunciada pelo HORAH e levada ao TCE.

Coube ao secretário Neto informar que uma licitação será feita para contratar a recuperação do AERO, sem dar prazos nem custo. O projeto “cria um novo parque linear (margeando o rio Jaú), onde fica o estacionamento do AERO, e a transformação do prédio em um espaço multiuso”, disse em vídeo distribuído pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura. O ‘complexo do AERO’, como foi chamado por Neto, seria um pedido feito pelo prefeito “desde agosto de 2022” — ou seja, no mês seguinte ao ‘puxão de orelhas’ do TCE.

Borgo exigiu providências da administração e levou o abandono do patrimônio público ao TCE (Foto: Reprodução/Assessoria)
Secretário Neto durante anúncio da recuperação do AERO (FOTO: Reprodução)

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