
Dentro de no máximo 15 dias a população de Pederneiras, região de Bauru, conhecerá as conclusões do relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta para apurar o rolo do aluguel do antigo prédio do Clube Recreativo Comercial (CRC). Firmado em outubro de 2021, o contrato de aluguel é mantido até hoje, mas o prédio nunca foi utilizado pela prefeitura; de lá para cá, já foram pagos aproximadamente R$ 110 mil ao clube.

A presidência da CEI decidiu não ouvir mais pessoas, inclusive a prefeita Ivana Camarinha (PSD), como previsto anteriormente. “Nós íamos convidar a prefeita, mas ela entrou de férias, então finda-se o trabalho da comissão e passamos tudo o que foi apresentado na CEI para o relator, que tem 15 dias para fazer o relatório”, informou Marildo Antônio Ruiz (PSB), o Professor Marildo, presidente da comissão.
O relatório será elaborado pelo vereador Bacana (PSDB) e, segundo Marildo, “vamos ver o que vem e encaminhar para o Ministério Público e o Tribunal e Contas” para as providências que os órgãos julgarem necessárias. Além dos dois, a CEI é composta também pela vereadora Ângela Vermelho (MDB). Não está descartado um voto em separado, com alegações que poderão divergir do relatório final — tudo vai depender das conclusões do documento oficial, diz a oposição na Câmara Municipal.
Além do aluguel pago sem uso do prédio, o que se questiona na CEI é se quem assinou o contrato pelo clube tinha poderes para isso. Documentos levados à investigação mostraram que o CRC não tinha diretoria constituída com plenos poderes há cerca de 14 anos, que o contrato foi firmado em 2021 e só no ano seguinte a Justiça exigiu uma comissão para eleger uma nova diretoria, o que só ocorreu em 2023. A denúncia que levou à instalação da CEI foi apresentada pelo vereador Val Grana (União).
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